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SÃO PAULO – O Ibovespa tem uma sessão de leves perdas após fechar a última semana com ganhos, atento aos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China e repercutindo os dados ruins da economia da União Europeia.
Enquanto isso, a Petrobras (PETR3, R$ 30,48, +0,56%; PETR4, R$ 27,37, +1,41%), após abrir perto da estabilidade, avança seguindo a cotação do petróleo.
As preocupações persistem sobre a oferta da commodity após o ataque de 14 de setembro às instalações petrolíferas sauditas, mesmo após o país ter conseguido restaurar cerca de 75% da sua produção.
Já a Vale (VALE3, R$ 48,13, -0,60%) tem leve queda apesar dos ganhos do minério de ferro, em meio ao novo episódio da guerra comercial.
O Ministério do Comércio da China se apressou em dizer que foram mantidas conversas comerciais “construtivas” em Washington apesar da delegação chinesa ter desistido de visitar fazendas americanas.
A desistência se deu logo depois do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que quer um acordo “completo” com a China, não um que inclua apenas o agronegócio. Isso também gerou preocupações porque já se tem falado muito em um acordo provisório antes das eleições presidenciais americanas de 2020.
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Após chegar a cair cerca de 3% com a negativa da Odebrecht de que teria contratado a Lazard para avançar na venda dos ativos, a Braskem (BRKM5, R$ 32,83, +1,36%) virou para ganhos.
Contudo, vale destacar informação do jornal Valor Econômico de que a avaliação dentro da construtora Odebrecht é de que não é o momento mais adequado de vender a Braskem tendo em vista o ciclo global de baixa de preços petroquímicos, o atraso da entrega do formulário 20-F e o litígio judicial devido ao afundamento de terras em Alagoas.
“Apesar da construtora não se opor à ideia de vender a Braskem, a companhia estaria trabalhando junto a seus assessores financeiros (incluindo a consultoria financeira Lazard) para destravar valor na divisão.
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A estratégia vai ser definida concomitantemente ao plano de recuperação judicial da Odebrecht junto aos bancos credores, com R$65,5 bilhões de dívidas a serem reestruturadas”, destaca a XP. Vale destacar que, dentre as alternativas em estudo, avalia-se a unificação das ações preferenciais e ordinárias da Braskem e migração para o Novo Mercado.
Entre as maiores altas, atenção para a Via Varejo (VVAR3, R$ 7,55, +2,03%). Em entrevista ao Estadão, o CEO Roberto Fulcherberguer destacou que a companhia tem trabalhado para que o sistema de vendas pela web – confirmação de compra, pagamento e entrega – esteja em completo funcionamento até a próxima edição da Black Friday. A Via Varejo também lança novos produtos.
Um dos que chegarão à rede dentro dos próximos 60 dias – ainda antes da Black Friday – é o banco digital BanQi. “Faz todo sentido do mundo pôr pelo menos esses 25 milhões de clientes ativos do crediário na nossa solução de banco porque o carnê dele vai estar dentro dela.” As mil lojas servirão como uma rede de “agências” do BanQi.
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A Embraer (EMBR3, R$ 19,13, -2%) cai 2% após a agência Reuters informar que reguladores antitruste da União Europeia devem abrir uma investigação relacionada à oferta de US$ 4,75 bilhões da Boeing por uma participação no bloco de controle da área de aviões comerciais da Embraer, de acordo com fontes.
Já a Oi (OIBR4, R$ 1,56, +1,30%), fora do Ibovespa, vê seus papéis avançarem com a confirmação do novo COO, Rodrigo Abreu, na companhia.
Também fora do índice, a ação da small cap Fertilizantes Heringer (FHER3, R$ 2,33, +22,63%) dispara com proposta de aporte de dois grupos russos na companhia, que passariam a deter o controle da companhia.
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Confira os destaques do mercado:
A Huawei Technologies e a China Mobile estão explorando uma parceria para entrar na disputa pela Oi, disse o jornal O Globo neste final de semana, sem citar como obteve a informação.
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A Huawei, fabricante de celulares que está no meio da guerra comercial entre EUA e China, busca a oferta como uma oportunidade de entrar no mercado brasileiro e expandir seu alcance para a tecnologia 5G, informou o jornal.
Um porta-voz da Oi não quis comentar a informação. A Huawei negou interesse em comprar Oi ou qualquer tele no Brasil, segundo informou a Reuters. Funcionários da China Mobile não puderam ser contatados após o horário comercial.
A especulação sobre a proposta ocorre após o Senado ter aprovado um projeto de lei para atualizar a estrutura obsoleta de telecomunicações do país, abrindo caminho para a Oi implementar um plano para vender até US$ 2 bilhões em ativos não essenciais.
No início desta semana, a Suno Notícias informou que a China Mobile apresentou uma solicitação para operar no Brasil e, eventualmente, adquirir a Oi. A Anatel disse em 17 de setembro que não tinha nenhuma informação oficial sobre a solicitação.
A aprovação do Senado também provocou especulações de negociações entre outras empresas. Na semana passada, Telecom Italia e Telefonica Brasil negaram notícias na mídia brasileira de que estariam negociando com a Oi.
A operadora de telecomunicações do Rio de Janeiro quer vender ativos, incluindo sua unidade africana Unitel e concentrar-se na sua rede de fibra ótica, a maior do Brasil, enquanto ingressa na última etapa do plano de recuperação judicial, em curso há dois anos.
A Oi informou ainda que, depois de ouvido o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio e o MPRJ, o Conselho de Administração elegeu Rodrigo Abreu para assumir o cargo de Diretor Estatutário, sem designação específica, com as funções de Chief Operational Officer – COO, reportando ao Diretor Presidente da Companhia.
A analista do Itaú BBA, Susana Salaru, avaliou como muito positiva para a Oi a nomeação de Abreu, que é “muito bem-visto” pelos investidores, principalmente após sua atuação na TIM. A analista destaca que Abreu será o responsável pelos principais negócios da Oi, incluindo as divisões comerciais, de infraestrutura, planejamento e suporte ao cliente, tanto para B2C quanto para B2B.
“Abreu não é estranho à Oi. Ele é membro do conselho da empresa desde setembro de 2018 e desempenhou um papel fundamental na apresentação do novo plano estratégico da empresa”, afirmou, acrescentando que o valor justo da tele ainda não leva em consideração a aprovação da PLC 79 ou a venda de ativos não essenciais, que provavelmente será entregue, dois fatores que devem gerar “um potencial adicional positivo”.
Fertilizantes Heringer (FHER3)
O acionista controlador, Heringer Participações, e demais acionistas assinaram uma carta de intenções com os grupos russos Uralkali e Uralchem para compra de ações na nova emissão de papéis ordinários, no aumento de capital da small cap Heringer, por R$ 2 por ação.
Após a conclusão do aumento de capital, Uralkali e Uralchem vão deter ações representando o controle da companhia. O investimento antecipado dos dois grupos não será inferior a US$ 59 milhões e não será superior a US$ 115 milhões, destacou a companhia. A Fertilizantes Heringer está em recuperação judicial desde 2007.
O Uralkali é um grupo produtor e exportador de fertilizantes à base de potássio, enquanto Uralchem é produtor e exportador de nitrogênio e fertilizantes complexos.
Embraer (EMBR3)
A Agência Reuters informou que reguladores antitruste da União Europeia devem abrir uma investigação relacionada à oferta de US$ 4,75 bilhões da Boeing por uma participação no bloco de controle da área de aviões comerciais da Embraer, de acordo com fontes.
Segundo a publicação, a atual revisão do acordo pela Comissão Europeia está prevista para terminar no dia 4 de outubro. Ainda de acordo com a Reuters, a investigação em larga escala poderia levar até 5 meses e elevar a pressão sobre a Boeing para oferecer concessões relativas à concorrência.
Segundo o BofA, o acordo pelo qual a Boeing assumirá o controle do negócio de jatos comerciais da Embraer pode não atingir a meta de ser finalizado no fim deste ano e ficar para o primeiro trimestre de 2020 após a Comissão Europeia optar por não acelerar sua análise antitruste.
Já a Epstein destaca que a análise completa leva cinco meses e não significa que o negócio não será aprovado. A Comissão Europeia realizou análises semelhantes antes de aprovar a aquisição da KLX, parceria com a Safran, pela Boeing, de acordo com o site da agência.
Petrobras (PETR3;PETR4) e Eletrobras (ELET3;ELET6)
A Petrobras celebrou Contrato de Cessão de Direitos Creditórios que permitem a antecipação de cerca de R$ 8,4 bilhões dos recebíveis da Eletrobras reconhecidos nos Instrumentos de Assunção de Dívidas (IADs) referentes à integralidade das dívidas confessadas em 2014 pelo Sistema Eletrobras, com vencimento original até janeiro de 2025. O acordo libera garantias reais de R$ 9,4 bi da empresa de energia, segundo comunicado.
Segundo a petroleira, o contrato foi assinado com um fundo de investimento em direitos creditórios, em operação estruturada por Banco Santander, Banco Itaú BBA e BB Banco de Investimento. “A conclusão da operação, com a consequente entrada de recursos no caixa da companhia, está prevista para os próximos dias, sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais a esse tipo de transação”, afirmou.
“Os recursos recebidos serão destinados ao gerenciamento de passivos da companhia, que visa à melhora do perfil de amortização e redução do custo da dívida, levando em consideração a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023”, completou a Petrobras.
Adicionalmente, a Petrobras informa que celebrou aditivos aos IADs de 2014 (objeto do contrato de cessão) e de 2018 com a Eletrobras, “com o objetivo de liberar a obrigação de oferecimento de garantias reais pela Eletrobras em troca de novas obrigações.” Os valores a receber da Eletrobras estão apresentadas nas notas explicativas 8.4. das demonstrações financeiras de 2018 e 5.4. do ITR do segundo trimestre.
Cemig (CMIG4)
A Cemig informou que sua controlada, Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), celebrou com o Estado de Minas Gerais, na qualidade de poder concedente, o terceiro termo aditivo ao contrato de concessão para exploração industrial, institucional e residencial dos serviços de gás canalizado em Minas Gerais.
Segundo a empresa, a celebração do aditivo representa a conclusão do processo de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, o qual assegura à Gasmig a extensão do prazo de vigência da sua concessão até o ano de 2053. A título de bônus de outorga a empresa pagará R$ 852 milhões ao governo mineiro.
O reequilíbrio econômico-financeiro consiste na substituição da obrigação contratual assumida pela Gasmig de construção do gasoduto para atendimento à Unidade de Fertilizantes Nitrogenados que seria construída pela Petrobras, na região do Triângulo Mineiro, além do pagamento de uma contraprestação ao governo de Minas Gerais.
“O pagamento da outorga compensatória, deverá ser efetuado pela Gasmig, mediante a emissão de títulos de dívida no mercado de capitais, e será considerado como ativo intangível regulatório e, portanto, incorporado na base de cálculo da remuneração dos ativos da concessão”, concluiu o fato relevante.
Banco do Brasil (BBAS3)
A oferta de ações (follow-on) do Banco do Brasil deve ser lançada em 3 de outubro, diz o jornal Valor Econômico. A intenção é a de que sejam ofertadas ações detidas pelo FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa Econômica Federal, excedentes ao bloco de controle pertencentes à União e ações que o próprio BB possui em tesouraria, segundo a publicação.
A precificação pode ocorrer em 17 de outubro, se o cronograma avançar dentro do planejado. O Valor acrescenta que a operação poderá movimentar cerca de R$ 8,5 bilhões.
Usiminas (USIM5)
A Usiminas informa que o Conselho de Administração aprovou a 7ª emissão de debêntures simples para distribuição pública com esforços restritos de distribuição, em montante total de até R$ 2 bilhões.
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Os recursos obtidos pela Usiminas por meio da oferta restrita serão destinados ao pré-pagamento das dívidas contratadas pela companhia perante o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco, o Banco Bradesco e os debenturistas da 6ª emissão pública.
Via Varejo (VVAR3)
A Via Varejo tem trabalhado para que o sistema de vendas pela web – confirmação de compra, pagamento e entrega – esteja em completo funcionamento até a próxima edição da Black Friday. Segundo o presidente da Via Varejo Roberto Fulcherberguer, vai ser um “teste de estresse”. Isso porque, por falhas internas, a empresa atrasou entregas na principal data de promoções do varejo, em 2018. A corrida é contra o tempo, diz ele: “Estamos vários anos atrasados no digital.”
À medida que faz a lição de casa, a Via Varejo também lança novos produtos. Um dos que chegarão à rede dentro dos próximos 60 dias – ainda antes da Black Friday – é o banco digital BanQi. “Faz todo sentido do mundo pôr pelo menos esses 25 milhões de clientes ativos do crediário na nossa solução de banco porque o carnê dele vai estar dentro dela.” As mil lojas servirão como uma rede de “agências” do BanQi.
Gafisa (GFSA3)
A Gafisa informou que, concluída a primeira fase da reestruturação da companhia, Roberto Luz Portella renunciou ao cargo de Diretor Presidente e de Relações com Investidores.
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp informou que assinará Carta Compromisso para elaboração de Termo de Aditamento ao Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, firmado em 12/12/2018, entre o município de Guarulhos, a companhia e o Governo do Estado de São Paulo.
Segundo o comunicado ao mercado, o contrato prevê a atuação de maneira articulada, “objetivando propiciar as condições necessárias para assunção, integral e definitiva, da prestação dos serviços públicos de esgotamento sanitário no município de Guarulhos”.
A empresa publicou também que acatou as metas centrais propostas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP para os quatro indicadores que compõem o Índice Geral de Qualidade – IGQ (Fator Q).
A meta para este ano de índice de ligações factíveis de esgoto será 1,12%; do índice de descumprimento de reposição de pavimento, de 13,68%; do índice de reclamações de usuários relacionadas à falta de água e baixa pressão, de 28,19%; e do índice de vazamentos visíveis por extensão de rede, de 7,02%.
De acordo com a deliberação Arsesp Nº 898/2019, a primeira aplicação do Fator Q será calculada para o ano 2019 com efeito tarifário no reajuste anual de 2020.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig Global Foods informou que liquidou antecipadamente o saldo remanescente das notas sênior com remuneração de 11,250% ao ano e vencimento em 2021 (Notas Sênior 2021), emitidas em 20 de setembro de 2013 pela Marfrig Holdings (Europe) B.V. com o montante agregado de principal de US$ 21,551 milhões e juros de US$ 1,212 milhão, totalizando US$ 22.763.243,45.
“A liquidação faz parte do processo de Liability Management, cujo objetivo é reduzir o custo da estrutura de capital da companhia”, informou em comunicado ao mercado.
Gerdau (GGBR4)
A Gerdau informou que o Conselho de Administração autorizou a companhia a prestar garantias à Gerdau Corsa S.A.P.I. de C.V. (Gerdau Corsa), referente à contratação de empréstimos bilaterais com os bancos Banco Santander México, S.A.; Bank of America México, S.A., Institución de Banca Múltiple; Banco Nacional de México, S.A., integrante del Grupo Financiero Banamex e BBVA Bancomer, S.A., Institucion de Banca Multiple, Grupo Financiero BBVA Bancomer, no valor em pesos mexicanos equivalente de até US$ 295,000,000.00.
Além disso, o conselho aprovou um empréstimo ponte no valor de até US$ 85,000,000.00, com o banco Bank of America, N.A. “Esses empréstimos serão utilizados para o pagamento de dívidas financeiras existentes da Gerdau Corsa e sua consequente substituição por dívidas financeiras com custos mais adequados”, afirmou a empresa, no extrato da ata de reunião do conselho realizada em 20 de setembro.
(Com Agência Estado e Bloomberg)