Novidades de Vale e Petrobras, “atraso” na Estácio e 4 resultados agitam a noite

Lucro da Energias Brasil cresceu 600%, enquanto prejuízo da T4F aumenta em mais de 1.000%; confira outras notícias que saíram após o sino de fechamento da Bovespa

Marina Neves

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SÃO PAULO – Além do programa de desinvestimento anunciado pela Petrobras (leia mais aqui), a noite da segunda-feira (2) foi marcada pela divulgação de alguns resultados trimestrais, novidades com empresas de educação e a confirmação da OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Souza Cruz.

Veja abaixo os destaques da noite desta segunda-feira:

Estácio (ESTC3)
A Estácio Participações adiou o início das aulas presenciais devido a instabilidades para contratação do Fies, programa de financiamento estudantil do governo federal. A data da primeira aula dos calouros passou de 4 para 11 de março e foi modificada em respeito aos alunos que ainda não conseguiram efetivar contratações de financiamento para o primeiro semestre de 2015, informa a empresa.

A intenção é que “todos tenham mais tempo para contratação antes do início de suas atividades acadêmicas”, disse a instituição em comunicado aos estudantes. O sistema para contratação do Fies foi reaberto para contratações há uma semana, e vem apresentando lentidão e instabilidades desde então, em um momento de mudanças nas regras do financiamento.

Kroton (KROT3)
A maior empresa educacional da Bolsa divulgou após o fechamento do mercado que recebeu carta da Coronation Fund Managers na qual foi informada de que a instituição da África do Sul detinha 87,6 milhões de ações da companhia, o que equivale a 5,39% do capital da Kroton. É bom lembrar que quando um acionista atinge o limiar de 5% do capital de uma empresa, ele tem que mandar uma carta para que ela divulgue a informação na CVM. O mesmo ocorre quando um acionista passa a deter menos de 5% do capital de uma empresa.

Vale (VALE3; VALE5)
A Vale ampliou o contrato com a canadense Silver Wheaton para venda de ouro produzido como subproduto da extração de cobre da mina de Salobo, no Brasil. O aditivo ao acordo original de compra de ouro, datado de fevereiro de 2013, prevê a compra de um fluxo adicional de 25% do ouro pagável durante toda a vida útil da mina.

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A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro no valor de US$ 900 milhões, e pagamentos futuros em dinheiro por cada onça de ouro entregue à Silver Wheaton baseado no menor valor entre US$ 400 por onça e o preço de mercado. O valor será atualizado anualmente em 1 por cento a partir de 2017, informou a Vale.

A mineradora disse que não há comprometimento firme em relação às quantidades de ouro entregues. “A Silver Wheaton tem direito a um percentual do ouro produzido como subproduto de Salobo, e não a volumes específicos, assumindo, em parte, o risco operacional do negócio”, disse a Vale em fato relevante.

Energias do Brasil (ENBR3)
O resultado da empresa de energia elétrica surpreendeu pelas proporções. O lucro da Energias do Brasil aumentou 664,6% no quarto trimestre de 2014, para R$ 317,3 milhões, ante R$ 41,5 milhões no mesmo período do ano anterior, impulsionado por ganhos regulatórios e aumento de preços de energia e apesar do forte aumento de gastos não gerenciados pela empresa. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia cresceu 62,1%, para R$ 2,75 bilhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) teve um incremento de 223,8%, chegando a R$ 760,3 milhões.

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Souza Cruz (CRUZ3)
A British American Tobacoo apresentou nesta segunda-feira à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o pedido para oferta pública para comprar a totalidade das ações da fabricante de cigarros brasileira Souza Cruz. O preço da oferta será de R$ 26,75 por ação, a ser deduzido do valor de dividendos e juros sobre capital próprio eventualmente declarados pela companhia até a data da operação. A Souza Cruz encerrou nesta segunda-feira cotada a R$ 25,14. 

O valor é cerca de 30% superior à média ponderada da cotação da ação nos 3 meses antecedentes ao anúncio da operação. Com o preço proposto, a empresa europeia poderá desembolsar mais de R$ 10 bilhões para tirar a Souza Cruz da BM&FBovespa. A companhia não informou de imediato a data provável para a realização do leilão da oferta pública.

Segundo a Souza Cruz, a realização da oferta está sujeita à aceitação por acionistas detentores de mais de dois terços das ações em circulação habilitadas para o leilão, entre outros fatores. A oferta está sendo coordenada por Santander Brasil, Deutsche Bank e UBS Brasil.

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T4F (SHOW3)
A Time For Fun fechou o 4º trimestre com um lucro líquido 1.046% maior do que no mesmo período de 2013, saltando de R$ 3,7 milhões para R$ 42,4 milhões. Com isso, o prejuízo acumulado no ano ficou em R$ 70,3 milhões, ou 378% superior a 2013. A receita líquida de vendas nos 12 meses ficou praticamente estável ao ano anterior, em R$ 552,9 milhões, enquanto o Ebitda passou de R$ 7,9 milhões positivos para R$ 26,1 milhões negativos entre os dois anos, informa a companhia.

O principal motivo para o resultado negativo, segundo a T4F, foi a contratação superdimensionada do espetáculo Corteo do Cirque du Soleil. Estamos confiantes em uma retomada de nossos resultados em 2015, pois além de partir de uma estrutura mais eficiente, 2015 será o primeiro ano sem os efeitos negativos causados por contratações de conteúdos durante o ano de 2012, período de maior intensidade da concorrência ‘irracional’ vivida em nosso setor. Acreditamos que nossos resultados vão mostrar de forma mais concreta o nosso potencial, sem a contaminação dos resultados negativos que carregamos fruto daquele período, em especial com relação ao Cirque du Soleil”, informa a companhia.

Guararapes (GUAR3)
Outro balanço divulgado nesta noite, a Guararapes apresentou uma receita líquida de R$ 1,59 bilhão no 4º trimestre, alta de 15,6% em relação aos mesmos três meses de 2013. Já o Ebitda ajustado ficou praticamente estável em R$ 322,9 milhões entre outubro e dezembro, por conta do forte crescimento de 26,3% das despesas operacionais – que somaram R$ 70,9 milhões no trimestre.

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Por fim, o lucro líquido da controladora da rede varejista de moda Riachuelo ficou em R$ 191,4 milhões, queda de 8% frente ao mesmo intervalo do ano anterior.

Cremer (CREM3)
A fabricante de produtos para cuidados com saúde e primeiros socorros anunciou a abertura de um programa de recompra de 50.499 ações, o que equivale a 10% do capital da empresa em circulação. A recompra terá início no nesta terça-feira (3) e acabará no dia 3 de março de 2016. 

Fertilizantes Heringer (FHER3)
A companhia informou ao mercado nesta segunda que sua receita líquida fechou o quarto trimestre de 2014 em R$ 1,8 bilhão, um avanço de 8% na comparação com igual período do ano anterior, quando totalizou R$ 1,6 bilhão; no ano, a receita líquida totalizou R$ 5,9 bilhões.

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A companhia informou ainda que passou de lucro de R$ 19,3 milhões no quarto trimestre de 2013 para prejuízo de R$ 21,7 milhões em igual período de 2014; enquanto isto, no acumulado de 2014, a companhia teve lucro de R$ 7,9 milhões. A Fertilizantes Heringer ainda demonstrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 115,8 milhões para o quarto trimestre e um acumulado de R$ 331,8 milhões no ano.

Helbor Empreendimentos (HBOR3)
A incorporadora residencial e comercial informou que o BTG Pactual Asset Management (BBTG11) vendeu ações da companhia, passando a deter somente 12,8 milhões de papéis da empresa, ou 4,98% do capital. O banco de investimentos informou, ainda, que tem por objetivo apenas a realização de operações financeiras, sem querer alterar a composição do controle da companhia e que “os Fundos não têm o objetivo de atingir qualquer participação acionária em particular”.

Direcional (DIRR3)
A companhia informou após o fechamento dos mercados nesta segunda-feira que seu conselho de administração aprovou seu plano de recompra de até 7.034.205 de ações ordinárias da companhia, equivalentes a aproximadamente 8,9% do total das ações em “free float” (em circulação no mercado). A Direcional ainda informou por meio de comunicado que o prazo máximo do programa é de 365 dias contados a partir de hoje, com vencimento em 1 de março do ano que vem. O comunicado ainda informa que o objetivo da recompra é a posterior alienação ou cancelamento dos ativos.