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SÃO PAULO – O mercado nem tinha aberto quando algumas empresas acordaram ameaçadas. Depois de um ano e meio da aprovação do novo regulamento, a partir desta terça-feira (18), a ‘guerra’ declarada pela Bolsa contra as chamadas penny stocks (ações que valem centavos), começou. São 54 ações na beira no penhasco e se elas continuarem com valor abaixo de R$ 1 por trinta pregões seguidos o risco é de saírem da Bolsa de forma forçada.
A história não vem de agora. Na verdade, o novo regulamento foi aprovado há mais de um ano, no dia 14 de fevereiro de 2014, mas só hoje, um ano e meio depois, entrou em vigor. De acordo com o site da BM&FBovespa, o novo regulamento obriga a manutenção da cotação de ações acima de R$ 1,00, ou seja, se a ação seguir abaixo do valor por trinta pregões seguidos, os emissores precisarão se enquadrar (i) até a data da primeira assembleia geral ou (ii) em prazo de seis meses ou até a AGO. A medida deve ser capaz de manter a cotação acima de R$ 1,00 por seis meses.
O jornal Valor Econômico entrevistou a diretora de regulação de emissores da BM&FBovespa, Flavia Mouta, que afirmou estar “orientando as companhias para que elas não fiquem no limite”. Caso a exigência não seja cumprida, as empresas poderão pagar multas de até R$ 500 mil, depois haverá a suspensão da negociação dos referidos valores mobiliários e, observado o descumprimento da obrigação por mais de 30 dias, haverá a exclusão da negociação do ativo ou cancelamento da listagem. “Se a companhia não tomar uma atitude para deixar de ser penny stock, nós tomaremos”, enfatizou a diretora.
Desde fevereiro do ano passado, 22 empresas realizaram grupamento. Entre as small caps estão Metal Iguaçu, Lupatech, Recrusul e Forjas Taurus, que tiveram quedas de 57,6%, 79,07%, 59,33%, 60,73%, respectivamente, após o processo.
Confira as ações segundo a cotação do pregão de terça-feira (18):