Trotes, apostas e os “velhos tempos” do mercado financeiro, segundo Alfredo Menezes

Gestor da Armor Capital é o convidado do terceiro episódio do Tchado é Tchado, especial de verão do Stock Pickers

Rafaella Bertolini

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Você já deve ter ouvido de alguém com mais experiência sobre “os bons tempos do mercado”. De fato, de uns anos para cá, houve muitas mudanças, enquanto muitos permaneceram saudosistas principalmente quanto à “irreverência” no setor. 

Alfredo Menezes, CEO da gestora Armor Capital, com seus mais de 40 anos de carreira no mercado financeiro, acompanhou tudo de perto e diz que “tinha muita sacanagem”, em referência a trotes realizados entre colegas de trabalho. “Hoje estaria todo mundo preso”, pontua. 

O gestor diz ainda que apostas eram feitas com frequência, como a de suas gravatas de nylon com as gravatas de grife dos colegas  “Eu estava muito duro, precisando de grana e o pessoal usava só gravatas de seda e eu comprava as imitações e apostava com elas”.

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Por essas e outras, o gestor conclui que o clima hoje é bem melhor e mais saudável, mas não nega que antes se divertia mais. 

Longa estrada 

Alfredo não só coleciona histórias. Ele ainda segue ativo escrevendo a sua e como o próprio diz: “não tem muita gente da minha idade fazendo o que eu faço hoje”.

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Para ele, a característica que o fez permanecer por tanto tempo no mercado, ainda mais em um ramo que mudou em absoluto, foi manter-se atualizado. “Costumo brincar que mercado financeiro é como novela mexicana, tem que estar todo dia vendo pra saber o que vai acontecer”. 

Outro ponto também destacado foi sobre o bom network. Para o gestor, o saber específico precisa ser complementado e atualizado por meio da troca entre as pessoas com quem se convive. 

Para conhecer mais histórias do Alfredo Menezes e sobre uma época distante e complementamente diferente do mercado financeiro, não deixe de acompanhar o último episódio da primeira temporada de “Tchado é Tchado”, o especial de verão do Stock Pickers.

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Mas afinal, o que é Tchado? 

No mercado o termo “fechado” tem um forte poder, afinal, uma vez que a operação foi fechada não tem mais volta. 

Mas por que do “tchado”? “Imagina no pregão vivo a voz, tinha que ser tudo muito rápido, não dava para falar: fe-cha-do, tinha que ser ‘tchado’”, conta João Luiz Braga, CFA CEO e fundador da Encore Asset Manegement. 

Sobre o “Tchado é Tchado” 

O “Tchado é Tchado” é aquela boa resenha de boteco – que o Stock Pickers sempre perseguiu. Ao longo das semanas serão trazidas figuras do mercado para um papo sem filtros e contando aquilo que não costuma aparecer nas entrevistas convencionais.

Rafaella Bertolini

Editora de redes sociais do Stock Pickers e Do Zero ao Topo. Escreve reportagens sobre empreendedorismo, gestão, inovação e mercados para o InfoMoney.