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O Reino Unido vem colecionando problemas desde o Brexit, que incluem os impactos da pandemia de coronavírus na economia e a crise política promovida na gestão do ex-primeiro-ministro Boris Johnson. Além disso, a recessão na Europa, inflação elevada, Guerra na Ucrânia, aumentaram ainda mais as incertezas em relação à região.
Para piorar o cenário, recentemente Liz Truss, que assumiu o cargo de premiê, anunciou um plano fiscal que foi mal recebido pelo mercado e pela classe política.
Com isso, a libra chegou a atingir mínimas históricas, o que obrigou o Banco da Inglaterra a intervir e lançar um programa emergencial de compras temporárias de bônus do governo britânico – os chamados Gilts – de longo prazo.
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“Era um plano que não se mantinha em pé. Você tem um plano de expansão fiscal, ao mesmo tempo que corta os impostos dos mais ricos. Percebeu-se que a conta não fazia sentido”, explica Roberto Attuch.
Ao contrário do que ocorre em mercados emergentes, de que quando as taxas de juros longas abrem o câmbio valorizando-se, no caso do Reino Unido a libra depreciou-se.
Atuação do Banco Central
Para explicar a importância da intervenção do Banco Central e seus efeitos econômicos, Attuch afirma que “estivemos próximos da insolvência do sistema de fundos de pensão da Inglaterra”.
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Os fundos de pensão geralmente carregam títulos longos, porém, neste caso, estavam operando em produtos com chamada de margem todos os dias.
“O que acontece é que, eles estavam em chamada de margem diária, tendo que colocar caixa, mas eles não tinham. Nesse cenário, vendem-se os ativos possíveis e entra-se em uma espiral absurda”.
De acordo com Roberto Attuch, foi a ação do Banco Central (BoE, ou Banco da Inglaterra) que impediu o sistema bancário inglês estaria próximo de quebrar.
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Por que o movimento preocupa
Para entender porque os acontecimentos no Reino Unido acenderam o alerta de gestores aqui no Brasil e quais os rumos da política monetária no Reino Unido, assista ao Global Pickers no vídeo acima.