Buffett escolheu a Chevron. Por que não a Petrobras?

Petroleira brasileira perdeu 100 bilhões de reais do seu valor em apenas dois dias, derretendo na bolsa.

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Warren Buffett, no alto de seus 90 anos, ainda é o maior investidor do mundo. E quando ele se move, todo mundo dá uma olhada. Há pouco mais de uma semana, ele surpreendeu quando seu conglomerado anunciou que no último trimestre de 2020 comprou 2,5% das ações da petrolífera Chevron, pagando mais de 4 bilhões de dólares.

Num mundo em que a discussão sobre carbono free tomou conta, o que Buffett está vendo que ninguém viu?

Os analistas responderam: ele viu petroleiras com ações baratas por conta da crise do petróleo durante a pandemia e um futuro promissor do preço da commodity, com retomada pós-pandemia.

Entender o contexto e os movimentos que levaram Buffett a comprar bilhões de Chevron e investidores a venderem bilhões de Petrobras é fundamental na hora escolher ações. Pensando nisso o analista Thiago Salomão está lançando a série Analista Stock Picker – O Profissional da Nova Década, um treinamento gratuito de 4 aulas com direito a certificado e material para download.  Clique aqui para se inscrever.

Se Buffett tivesse comprado os 4 bilhões de dólares em Petrobras em novembro, ele teria hoje cerca de 10% da empresa e o direito de eleger ou destituir um membro do Conselho de Administração. Um poder e tanto. Mas depois da queda de quase 30% das ações e uma perda de 100 bilhões de reais em dois dias, a resposta sobre sua decisão ficou óbvia: o risco governo de uma estatal.

A crise na estatal brasileira

Mas o que aconteceu com a Petrobras? Com a pressão dos caminhoneiros, que ameaçam greves por conta da alta dos preços dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro começou um embate com o atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Bolsonaro não queria que houvesse o repasse dos preços do petróleo no mercado internacional, que é uma regra da empresa para garantir aos acionistas de que a companhia não é usada para fazer política pública.

Castello Branco fincou pé na política de preços, mas depois de quatro reajustes, que fizeram os preços da gasolina e óleo diesel subirem quase 30% neste ano, Bolsonaro ficou irritado e decidiu trocar Castello Branco indicando um general da reserva, Joaquim Silva e Luna, cuja experiência em administrar empresas se restringe aos dois anos em que está comandando Itaipu.

Além disso, Bolsonaro deu seguidas declarações insinuando que interferiria em outras empresas e setores. O mercado ficou irritadíssimo e temeroso de que a mudança signifique um abandono à política de preços da estatal. As ações despencaram.

O imediatismo para investir

Thiago Salomão diz que o caso da Petrobras é o exemplo de como um investidor precisa conhecer e entender as brasilidades e conhecer a empresa antes de investir.

Não é de hoje que a Petrobras sofre interferências. Ou que um presidente cai mesmo fazendo um trabalho que agrade o mercado. Um exemplo foi Pedro Parente, durante o governo Temer, que caiu após a greve dos caminhoneiros.

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Salomão conta que quando as ações da Petrobras desabaram, todo mundo queria saber se era hora de comprar. O risco governo sumiu da Petrobras? Ele diz que o ruído provocado pela Petrobras acabou afetando outras ações que caíram significativamente mesmo sem aparente motivo. Foi o caso da Vale, que caiu 2,5% num dia em que o preço do minério de ferro e o dólar subiram. A Localiza caiu 6%, mesmo sem interferência direta do governo, ou do preço do petróleo.

“Quanto mais se estuda uma empresa, menos imediatismo o investidor deve ter, porque ele saberá o momento certo de comprar”, diz Salomão.

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