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(CONDADO DA FARIA LIMA) – “Minha impressão é que o mercado está precificando uma piora nos próximos 6 a 12 meses. (…) As pessoas vão se surpreender em como os resultados das empresas que dependem da economia serão ruins na metade do ano que vem”.
A frase acima ajuda a explicar por que Carlos “Duda” Rocha, CIO da Occam, está com 80% do risco dos fundos da sua gestora nos mercados internacionais. Ele apontou no Coffee & Stocks desta quarta-feira (24) as evidências que lhe fazem acreditar nesse cenário de deterioração das empresas, citando desde o contexto macro do Brasil até dados operacionais do varejo e da própria B3.
Embora ele tenha citado algumas empresas que gosta no Brasil, a grande parte delas deve-se à exposição internacional que elas possuem em seus negócios. Caso da Embraer, Weg e Gerdau. Ainda em ações, ele gosta dos cases de “financial deepening” como XP e BTG Pactual e das petrolíferas Petrobras e PetroRio.
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Por outro lado, ele revelou estar “short” (vendido, ou apostando na queda das ações) em algumas empresas que fizeram IPO recentemente e que, na opinião dele, não estavam preparadas para um momento de menor liquidez (ele não revelou o nome destas empresas).
No exterior, ele tem posições em abertura de juros (isto é, quando acredita na alta da expectativa da taxa de juro) principalmente em países da América Latina e do Leste Europeu. Nos EUA, ele também tem posições nessa direção de juros mas está fortemente comprado na bolsa local. “Bolsa americana hoje é como participar de uma maratona em uma ladeira para baixo, é mais fácil de correr. No Brasil, estamos correndo uma maratona numa subida, por isso que qualquer notícia negativa e o mercado vai penalizar com mais força”.
A entrevista completa você confere no vídeo acima ou direto em nosso canal no youtube (clique aqui).