(CONDADO DA FARIA LIMA) – No Coffee & Stocks desta quinta-feira (15), recebemos Flavio Kac, gestor com mais de 15 anos de experiência e que hoje é responsável pelo fundo Asa Long Biased, da Asa Investments. Ele explicou por que Marfrig (MRFG3) é a maior posição da carteira dele e por que, na visão dele, ela é um melhor investimento agora do que Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3).
A explicação completa você confere nos 30 minutos de conversa no vídeo acima ou direto em nosso canal no Youtube (link aqui). Aos mais apressados, deixo aqui um breve resumo:
Por que Marfrig? Maior exposição ao mercado americano, que é beneficiado não só pela forte demanda (forte estímulo do governo para a população durante a crise) como também pela oferta equilibrada, diferente daqui do Brasil, onde o ciclo do boi está desfavorável e gerando “spread negativo” para os produtores. Além disso, Marfrig finalmente começou a gerar fluxo de caixa positivo nos últimos 2 anos e neste 2º trimestre o resultado deve vir recorde.
Por que não Minerva? Justamente pelo ciclo desfavorável no Brasil. Isso é cíclico e uma hora isso vai mudar, mas o ciclo do boi é longo (demora cerca de 4 anos para um bezerro virar boi), é preciso esperar essa melhora.
Por que não JBS? Assim como a Marfrig, a JBS consegue se beneficiar do forte consumo americano, mas por ela ter mais exposição ao Brasil do que a Marfrig e maior exposição ao mercado de frango (que está sendo impactado pela forte alta nos preços das commodities, principal custo na criação dos frangos), o gestor prefere Marfrig.
Compra da fatia da BRF: no primeiro momento, ficamos assustados, mas depois vimos que foi um movimento super acertado. O valuation foi atrativo e o ciclo do frango está ruim, mas uma hora tende a se normalizar. Ao mesmo tempo, a BRF tornou-se um dos maiores clientes da Marfrig, então se um grande player decidisse comprar a BRF, a Marfrig poderia perder um grande cliente; com a compra dessa fatia, ela consegue se proteger disso, lucrando com uma eventual venda da BRF.