“Fiz o dinheiro de um mês em uma manhã”: as melhores histórias de Marcio Fontes, da Asa Hedge, no mercado

Segundo episódio do especial de verão do podcast Stock Pickers apresenta os bastidores do mercado financeiro contados por grandes personalidades

Rafaella Bertolini

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Anos atrás, o mercado financeiro era pequeno e parte do script de quem trabalhava nele era mapeá-lo. “Você ganhava dinheiro não somente entendendo a macroeconomia, mas também lendo aquele quadrado”, conta Marcio Fontes, gestor do Asa Hedge.

Com uma longa vivência na área, Fontes lidou com um mercado muito diferente do que conhecemos hoje, o que lhe rendeu ótimas histórias.

No segundo episódio do “Tchado é Tchado”, especial de verão do podcast Stock Pickers, Fontes relembrou algumas delas – como o causo sobre a manhã em que “fez o dinheiro do mês inteiro”.

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Em 2001, quando Fontes operava lotes em juros, havia uma forte especulação de que a Argentina iria quebrar. Ele, porém, avaliava que a operação já estava no preço, e começou a negociar no que se costumava chamar de “por fora”. O tal “por fora” eram pequenos pregões que começavam nas corretoras antes da abertura das negociações.

Com a noção de que os contratos estavam no preço, Fontes, ao contrário do resto do mercado, começou a comprá-los e ficou com o maior lote. “Quando as negociações abriram, não podia piorar. Eu já havia anestesiado o mercado com meu lote, era meu lote contra todo mundo”, contou o gestor.

Eis que abriram as negociações – e, como Fontes projetava, o mercado foi melhorando. “Eu via todo mundo que tinha ido na direção contrária à minha saindo, mas não tinha liquidez, porque quem podia dar liquidez para eles era eu”, lembra.

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“Deixei rolar. Lá pelas 11h, eu já tinha feito alguns milhões de dólares. Isso em 2001, era muito dinheiro”, completa.

Sobre o “Tchado é Tchado

O “Tchado é Tchado” é a edição especial de verão do Stock Pickers – aquela boa resenha de boteco que o podcast sempre perseguiu. Ao longo das próximas semanas, serão trazidas figuras do mercado para um papo sem filtros, contando aquilo que não costuma aparecer nas entrevistas convencionais.

No mercado o termo “fechado” tem um forte poder, afinal, uma vez que a operação foi fechada não tem mais volta.

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Mas por que “tchado” então? “Imagina no pregão vivo a voz, tinha que ser tudo muito rápido, não dava para falar: fe-cha-do, tinha que ser tchado”, contou João Luiz Braga, CEO e fundador da Encore Asset Manegement, no primeiro episódio do “Tchado é Tchado“.

Rafaella Bertolini

Editora de redes sociais do Stock Pickers e Do Zero ao Topo. Escreve reportagens sobre empreendedorismo, gestão, inovação e mercados para o InfoMoney.