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Com investimento focado em companhias com potencial de alto crescimento, a G2D Investments (G2DI33) avança no segmento de venture capital no Brasil e no exterior. Carlos Pessoa, managing director da companhia de investimentos, é o entrevistado do programa “Entre Reis e CEOs”, apresentado por Tiago Reis, fundador e CEO da Suno Research, e explica como cresce o apoio a negócios inovadores baseados em tecnologia.
A G2D nasceu dentro da GP Investments. A história começou quando, em 2000, Carlos Pessoa passou a trabalhar para a recém-chegada Endeavor no Brasil, que se tornou uma das mais conhecidas organizações de aceleração de empreendedorismo no país. E foi a GP que deu apoio total a instalação da Endeavor no Brasil.
Pessoa ficou 10 anos na organização, depois foi para uma empresa de cyber security que se expandia no mundo e, em seguida, para o braço de corporate venture capital da Telefônica. Depois, trouxe para o Brasil a operação da empresa de tecnologia educacional Coursera. Mais adiante, tornou-se investidor-anjo, que faz investimentos com seu próprio capital em empresas em nascimento, até ser chamado pela GP, por aqueles que o conheceram na Endeavor, para institucionalizar uma tese de investimento em tecnologia, criando assim a G2D Investments.
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IPO para crescer
No ano passado, a G2D abriu capital no exterior, com a liquidez toda dessa operação fixada no Brasil por meio de BDR. O IPO foi usado para investir ainda mais em companhias na tese da G2D.
“O faturamento (das companhias que investimos) é de R$ 100 a R$ 120 milhões por empresa, que tem canal de distribuição, funcionário, cliente, balanço. A gente acredita que é o melhor risco-retorno. Trata-se da companhia que tem muita estrada pra crescer, mas o risco maior dela fechar, como uma startup, ficou pra trás”, explica o managing director.
O mercado de venture capital é um segmento muito pequeno na classe de ativos, mas, segundo Carlos Pessoa, proporciona a criação das empresas que correspondem à maioria hoje do mercado nas principais bolsas do mundo.
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“Todo investidor deveria acompanhar essa classe de ativos. A venture capital será a classe de ativos que irá definir o mercado de capitais do futuro. Entender o que o investidor do venture capital está fazendo hoje, vai lhe tornar um melhor investidor. Acompanhar esse mercado vai dar ao investidor muito mais contexto para tomar decisões acertadas de investimento”, afirma.
Expansão geográfica
A G2D tem uma estratégia de atuação diversificada. A empresa de investimentos não atua somente no Brasil, mas nos Estados Unidos e Europa. “Se eu olhar só o Brasil, tenho um universo muito limitado. Isso acaba balanceando o risco”, ressalta sobre a presença em outros países.
“A gente se propõe a ser um veículo de diversificação de investimento. E também tem um horizonte de longo prazo”, afirma.
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O foco inicial da G2D foi investir em fintechs. “A fintech no Brasil foi muito beneficiada por conta de vários ajustes de regulação que o Banco Central vem fazendo nos últimos anos”, destaca. “A gente tinha antes 20 instituições (fazendo operações bancárias), hoje existem mais de 240. Multiplicou por 20 esse mercado em pouquíssimo tempo”.
Marcas disruptivas
No exterior, a G2D tem tese de investimento em marcas de consumo disruptivas – e extremamente inovadoras. Pessoa diz que o mercado de consumo ainda tem muito a inovar. “Nessa área, as empresas pequenas estão crescendo e as empresas grandes estão encolhendo”, pontua ele.
A companhia de investimentos tem duas características básicas: ativos, que são as empresas que recebem investimento, e o caixa. Segundo Carlos Pessoa, a G2D teve um aumento do NAV (net asset value; valor líquido dos ativos, na tradução) por ação de 25% desde o IPO, mas na última divulgação de resultados decidiu-se fazer um reajuste do NAV para baixo de forma voluntária, motivado pela realidade macroeconômica desafiadora. “Diminuiu o NAV, mas as teses continuam firmes”, ressalta.
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O custo de montar uma startup caiu com a evolução da tecnologia. Ele lembra que antes se gastava muito mais em servidores e licenças. “O custo caiu, mas a competição aumentou”, lembra.
“A gente colocou tudo isso num único papel (ação). Diversas geografias, diversas teses, diversas moedas, num papel único que o investidor pode, ao contrário de um fundo, mudar de ideia e vender na bolsa”, comenta.
A G2D está em fase inicial de crescimento. Ela captou recursos com o IPO para poder executar um plano de crescimento, de acordo com o diretor da empresa. “A G2D não distribui dividendos porque o melhor uso do capital é investir no crescimento da própria companhia, pra ela ficar mais relevante e ganhar mercado”, afirma.
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“Então, enquanto a gente acreditar que é possível crescer e fazer mais investimentos, tem como tese inicial remunerar o investidor através da apreciação do papel. O acionista então a médio e longo prazos vai ter um retorno pelo papel”, expõe.
Assista à entrevista completa de Carlos Pessoa, managing director da G2D Investments, no programa “Entre Reis e CEOs”, apresentado por Tiago Reis, da Suno Research: