Em semana movimentada de divulgação de balanços, o Banco Inter apresentou um lucro líquido de R$ 20,83 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 8,44 milhões do mesmo período de 2020. As receitas totais chegaram a R$ 541,8 milhões, crescimento anual de 95%.
Mesmo com um ano marcado pela pandemia, o impulso nos resultados do Banco Inter foi dado com a captação de mais de 1,7 milhão de novas contas, crescimento de 98,3% em relação ao mesmo período de 2020. O Inter conta agora com um total de 10,2 milhões de clientes nos primeiros três meses de 2021, crescimento de 106% ano a ano.
Mas o bom resultado não foi suficiente para manter as cotações das ações que caíram mais de 6% na quarta-feira (12/05), depois da divulgação do balanço. Na quinta-feira (13/05), no começo do pregão, apresentavam alta de mais de 3%, cotada a R$ 193,20.
O analista Thiago Salomão explica o movimento como um ajuste de mercado. “O Inter começou o ano cotado em cerca de R$ 90,00, na semana passada atingiu mais R$ 230,00 e agora está na faixa dos R$ 200,00. É uma valorização de mais de 100% em um trimestre e o banco está apresentando lucro, o que é um ponto importante quando falamos de bancos digitais”, explica.
Salomão ressalta que menos de três anos após o IPO do Inter, os pequenos investidores que carregaram a ação até hoje, embolsaram um lucro de mais de 1000%.
“Nada mal para um banco que despertava dúvidas nos gestores dos grandes fundos quando fez a oferta pública de ações. Na época, a ação era considerada cara: custava R$ 18,50. Isso porque o banco praticamente não tinha lucro”, diz.
“Além disso, era uma ação que tinha um valor de mercado considerado baixo, em torno de R$ 3 bilhões, por isso era pouco negociada. Essas razões obrigaram os grandes fundos a não ter posição na empresa. Só quem tinha acesso era o investidor pessoa física que conseguia enxergar essa oportunidade”, conta Salomão que também é apresentador do podcast Stock Pickers e está lançando o curso online gratuito “Caçadores de Assimetrias”, que ensina na prática como identificar ativos com excelente potencial de valorização. Inscreva-se agora.
Ações ou Fundos?
Salomão pondera que com a volatilidade do mercado, o investidor que tiver um pouco mais de conhecimento poderá montar uma carteira que lhe dará liberdade financeira, uma aposentadoria tranquila no longo prazo, sem depender dos fundos. “Qualquer serviço que terceiriza a decisão ajuda a economizar tempo, mas isso custa dinheiro. Então você tem que ponderar se o dinheiro que vai gastar, compensa o tempo que você vai economizar. E é isso que acontece quando se fala em ações e fundos. Quem investe em fundos não quer perder tempo escolhendo ações”, reflete.
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De acordo com o analista, outra vantagem do investimento direto diz respeito à alta liquidez. “Com apenas um clique o investidor consegue converter seu papel em dinheiro. Com muitos fundos há o prazo de 30 dias para o resgate. Então, mesmo que a Bolsa esteja horrível, se você quiser vender logo porque precisa do dinheiro, poderá ter que esperar 30 dias”, avisa.
“O curso vai fazer com que a pessoa saiba como precificar uma ação. Stock picking nada mais é do que selecionar ações por conta própria, ao invés de investir na média do mercado, representada pelos índices”, resume.
O índice que representa a média das maiores empresas da Bolsa brasileira é o Ibovespa. Elas respondem com participações ponderadas pelo valor de mercado e volume negociado – requisitos que muitos fundos precisam respeitar para alocar recursos.
“Hoje o Ibovespa tem cerca de 30% em empresas de commodities e mais 20 ou 30% em empresas do setor financeiro. É um índice bem concentrado. O stock picking seria a arte de selecionar e diversificar as ações ao invés de seguir um índice específico, com uma carteira muito concentrada em alguns setores”, revela.
“Ao comprar ações por conta própria, o investidor faz uma carteira selecionando as ações que acha que terão uma performance melhor. O objetivo é exatamente esse. Se não for melhor, investe direto no índice”, diz.
O curso gratuito Caçadores de Assimetrias vai ensinar o investidor a identificar as boas oportunidades da Bolsa. Serão 4 aulas complementares. A primeira focada em mostrar como a Bolsa pode ser uma boa oportunidade, mesmo com a economia patinando.
A segunda aula se propõe a mostrar ações com bom potencial de crescimento que ficam fora do radar dos grandes investidores, como um dia foi o caso do Banco Inter.
A terceira mostra um estudo de caso de um investimento de longo prazo que deu certo. “Mas é longo prazo mesmo. O investidor tem que ter muita paciência quando vai investir em ações. O megainvestidor norte-americano Warren Buffett tem uma frase bem famosa que diz que o mercado de ações é o ambiente onde os investidores impacientes transferem dinheiro para o pacientes”, enfatiza Salomão.
E a quarta aula será um compilado de tudo o que foi tratado, além de uma explicação bônus sobre múltiplos que é uma análise muito utilizada, prática e muito simples de fazer. “Esse é um curso prático, mas não apenas para iniciantes”, ressalta Salomão.
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“A beleza do mercado de ações a longo prazo é que quando se está investindo em empresas, você se torna sócio, um pequeno dono e, no longo prazo, a tendência é sempre evoluir e ser melhor. Assim como a sociedade evolui, as empresas também”, conclui.
Como último ensinamento, Salomão destaca: “se você não investir nas empresas erradas, se evitar ciladas, já vai fazer bons negócios no longo prazo. A diferença é que você pode fazer um bom negócio ou um negócio excelente e o curso vai te ajudar a identificar o que seria um negócio excelente com a análise de foco no longo prazo das empresas”.
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