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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo à China para que compartilhe dados sobre as origens da pandemia de Covid-19, que teve início há cinco anos na cidade de Wuhan.
Em uma declaração para marcar o que a OMS chamou de “marco” significativo, a organização destacou que “este é um imperativo moral e científico”.
A OMS enfatizou que, sem transparência, compartilhamento e cooperação entre os países, o mundo não será capaz de prevenir e se preparar adequadamente para futuras epidemias e pandemias.
Oportunidade única
Cartão Legacy: muito além de um serviço

Embora muitos cientistas acreditem que o vírus tenha se transferido naturalmente de animais para humanos, ainda existem suspeitas de que ele tenha escapado de um laboratório em Wuhan.
A China não respondeu à declaração da OMS, que foi divulgada nesta segunda-feira (30).
No passado, o país rejeitou enfaticamente a teoria do vazamento de laboratório. Em setembro, um grupo de cientistas afirmou que era “além de qualquer dúvida razoável” que a pandemia de Covid-19 começou com animais infectados vendidos em um mercado, e não por um vazamento de laboratório.
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A OMS revisitou os primeiros dias da Covid-19 e traçou sua evolução de um fenômeno local para uma praga global, que resultou em lockdowns ao redor do mundo e na bem-sucedida corrida para o desenvolvimento de vacinas.
“Cinco anos atrás, em 31 de dezembro de 2019, o escritório da OMS na China recebeu uma declaração da Comissão Municipal de Saúde de Wuhan sobre casos de ‘pneumonia viral’ na cidade”, informou a organização.
A OMS destacou que “começou a trabalhar imediatamente” quando 2020 começou, recordando como seus funcionários ativaram sistemas de emergência em 1º de janeiro e informaram o mundo três dias depois.
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“De 9 a 12 de janeiro, a OMS publicou seu primeiro conjunto de orientações abrangentes para os países, e em 13 de janeiro, reunimos parceiros para publicar o plano do primeiro teste laboratorial para o Sars-CoV-2”, diz o órgão.
Em maio de 2023, a OMS declarou que a Covid-19 não representava mais uma “emergência de saúde global”.
O diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou na época que pelo menos sete milhões de pessoas haviam morrido durante a pandemia, mas que o número verdadeiro provavelmente estava mais próximo de 20 milhões – quase três vezes a estimativa oficial.
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Desde então, a OMS tem alertado repetidamente contra a complacência em relação à possível emergência de futuras doenças semelhantes à Covid-19, com Adhanom enfatizando que a próxima pandemia “pode surgir a qualquer momento” e pedindo ao mundo que esteja preparado.