MG confirma quarto caso de infecção por superfungo em hospital de BH

Segundo governo mineiro, dois pacientes já receberam alta, enquanto um permanece internado; um quarto paciente faleceu, mas ele já se encontrava em estado grave

Equipe InfoMoney

(Wikimedia Commons)
(Wikimedia Commons)

Publicidade

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nesta quarta-feira (16), mais um caso de infecção por Candida auris no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Com esse novo diagnóstico, o total de casos registrados na instituição chega a quatro. Segundo a SES-MG, dois pacientes já receberam alta, enquanto um permanece internado. Um quarto paciente faleceu, mas a morte não está relacionada ao superfungo, pois ele já se encontrava em estado grave devido a uma lesão na coluna.

A infecção por Candida auris é preocupante devido à sua alta transmissibilidade e capacidade de o superfungo colonizar rapidamente a pele e o ambiente. Além disso, o fungo é bastante resistente a medicamentos antifúngicos, o que pode torná-lo fatal, especialmente em pacientes com comorbidades. Atualmente, outras 24 pessoas estão aguardando o resultado de exames para verificar a presença do fungo.

Para conter a disseminação do superfungo, a SES-MG informou que os leitos dos pacientes infectados estão isolados. O Hospital João XXIII implementou medidas de prevenção, incluindo a higienização das mãos, precauções de contato, como o uso de luvas e aventais ao atender casos suspeitos, e a realização de testes para a detecção de novos casos.

Continua depois da publicidade

O Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009, no ouvido de uma paciente internada no Japão. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada sobre o possível primeiro caso positivo em dezembro de 2020, em um paciente internado na Bahia. Desde então, o país tem enfrentado diversos surtos da infecção.

A Anvisa alerta que o Candida auris representa uma “séria ameaça à saúde pública” devido à sua resistência a vários medicamentos antifúngicos, à sua capacidade de causar infecções invasivas, e à dificuldade de identificação nos laboratórios. O fungo pode permanecer viável no ambiente por longos períodos e é propenso a causar surtos, tornando a vigilância e a prevenção essenciais para proteger a saúde da população.