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Diversas condições de saúde podem ser resumidas a noites mal dormidas. Isso acontece pois a higiene do sono é constantemente deixada de lado no mundo contemporâneo, principalmente por conta de exigências profissionais e rotinas difíceis.
Porém, negligenciar a quantidade e a qualidade do sono pode acarretar sérios danos à saúde física, comprometendo a funcionalidade do organismo em várias frentes.
Segundo Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono e professora da Unifesp, a falta de um sono reparador é capaz de desencadear um efeito cascata de problemas.
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“A privação de sono não apenas interfere na saúde mental, mas também compromete funções essenciais do corpo, como regulação hormonal, imunidade e metabolismo”, afirma a especialista.
Principais consequências físicas
De acordo com estudos e relatos clínicos, noites insuficientes de sono estão associadas a uma série de condições prejudiciais.
O neurologista Lucio Huebra explica que a privação de sono está diretamente ligada a alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial, fatores que elevam a probabilidade de infartos e AVCs.
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Além disso, há outros tipos de alterações metabólicas. A falta de descanso adequado pode desregular hormônios importantes para o metabolismo, como a insulina, o que aumenta os riscos de diabetes e ganho de peso.
Os especialistas também ressaltam que o sistema imunológico fica comprometido. Durante o sono, o corpo trabalha para reparar danos e fortalecer defesas. A ausência de um repouso consistente enfraquece a imunidade, tornando o organismo mais vulnerável a infecções.
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Além desses efeitos, o impacto no sistema nervoso é expressivo. Huebra enfatiza que “a privação de sono afeta a memória, a concentração e a tomada de decisões, prejudicando tanto a vida pessoal quanto a profissional”.
O papel da higiene do sono
A boa notícia é que medidas práticas podem ajudar a reverter os prejuízos de noites mal dormidas. Conforme explica Andersen, “pequenas mudanças nos hábitos diários podem fazer uma grande diferença na qualidade do sono”. Entre as recomendações estão:
- Criar um ambiente favorável ao sono, com pouca luz e ruídos
- Estabelecer horários regulares para dormir e acordar
- Evitar o consumo de estimulantes, como café, no período da noite
- Priorizar momentos de relaxamento antes de deitar, como leitura ou meditação
Sono como pilar da saúde
Dormir bem não é apenas um ato de autocuidado; é um elemento fundamental para a longevidade e o bem-estar. Investir na qualidade do sono significa preservar a saúde física e mental, evitando consequências irreversíveis ao longo do tempo.
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Para aqueles que enfrentam dificuldades persistentes para dormir, buscar orientação médica é essencial. “Distúrbios de sono crônicos podem ser tratados, mas a intervenção precoce faz toda a diferença”, disse o neurologista.
Reconhecer o impacto do sono insuficiente e adotar estratégias para melhorá-lo são passos essenciais para uma vida mais saudável e equilibrada.