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SÃO PAULO – Um dos temas discutidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) na nova fase da agenda de reformas econômicas, a estabilidade do funcionalismo público é alvo de controvérsia na sociedade brasileira.
É o que mostra a nona rodada da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 6 e 8 de novembro.
Segundo o levantamento, embora os servidores públicos sejam vistos pela maioria população como categoria em posição privilegiada em comparação com outros grupos, existem dúvidas sobre a flexibilização das regras que garantem a estabilidade de emprego destes profissionais.
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A pesquisa mostra que 59% dos eleitores acreditam que, em geral, funcionários públicos trabalham menos do que trabalhadores de empresas privadas.
Além disso, 52% dos entrevistados acham que funcionários públicos ganham mais.
Para 46% dos entrevistados, as normas que dificultam a demissão de servidores públicos são negativas, pois incentivam baixa produtividade no provimento de serviços. Outros 41% consideram as normas positivas, por evitar demissões por razões políticas.
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Quando o questionamento é sobre a possibilidade de flexibilização em tempos de crise, 52% sustentam que as leis deveriam ser alteradas para permitir demissões com mais facilidades, enquanto 39% preferem a manutenção das regras atuais. O assunto está em discussão na proposta de reforma administrativa que o governo deverá apresentar nas próximas semanas.
O levantamento ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Por outro lado, os entrevistados discordam da possibilidade de congelamento do salário de servidores.
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Para 57% da população, o governo deveria continuar reajustando os salários anualmente. Outros 36% concordam com o congelamento como medida para conter gastos. A iniciativa está prevista na PEC Emergencial encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.
Agenda pós-Previdência
A pesquisa mostra que pouco mais da metade dos entrevistados (55%) diz ter tomado conhecimento do pacote econômico divulgado pelo governo no início do mês. Entre esses, 57% dizem que as medidas vão na direção correta.
Mesmo com o apoio às novas medidas econômicas, o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) é apontado pela maioria dos eleitores como a mais importante das iniciativas em discussão no governo. a mais importante das medidas em discussão no governo.
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A relevância da pauta do ex-juiz da Lava-Jato recebeu nota média de 7,8, a maior entre as oito medidas testadas. O enfrentamento ao déficit vem em seguida, com nota 7,6. Já as privatizações são o item com menor nota entre os avaliados: 5,6.
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