X nomeia representante legal no Brasil após reviravolta atrasar escolha

Antes de nomear a atual representante, a plataforma chegou a contratar Vanessa Souza, advogada brasileira atualmente residente na Inglaterra, mas a negociação entre ela e Musk acabou sendo desfeita antes do anúncio

Maria Luiza Dourado

Logo da rede social X exibida em celular com reflexo do prédio do STF em Brasília, em imagem ilustrativa
30/08/2024
REUTERS/Ueslei Marcelino
Logo da rede social X exibida em celular com reflexo do prédio do STF em Brasília, em imagem ilustrativa 30/08/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino

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A plataforma de rede social X nomeou na noite desta sexta-feira (20) a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal da empresa no país, em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que a primeira pessoa escolhida pela rede social para ocupar o cargo desistiu do posto.

Os advogados do X no país encaminharam o nome de Conceição em petição enviada ao STF dentro do prazo de 24 horas estipulado na véspera pelo ministro da corte Alexandre de Moraes para que um representante legal da plataforma fosse nomeado.

A falta de um representante legal no país foi um dos motivos para Moraes determinar, no mês passado, o bloqueio da plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk no país.

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Antes de nomear Conceição, a plataforma chegou a contratar em meados deste mês a também advogada brasileira Vanessa Souza, atualmente residente na Inglaterra, mas a negociação entre ela e Musk acabou sendo desfeita antes mesmo do anúncio, de acordo com documentos vistos pela Reuters e pessoas com conhecimento do tema.

Conforme procuração vista pela Reuters, assinada no dia 13 de setembro, a advogada teria poderes para representar o X perante a jurisdição brasileira. A assessoria de imprensa de Vanessa Souza confirmou nesta sexta-feira a contratação e disse que ela desistiu da posição por questões “estritamente pessoais”.

Segundo pessoas próximas à situação, a desistência teria também sido motivada por notícias de que a plataforma teria deliberadamente descumprido decisão do STF, em meados desta semana, ao mudar os provedores de rede da empresa, burlando assim o bloqueio determinado no fim de agosto por Moraes.

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Após a divulgação de uma atualização de rede do X, que restaurou o acesso por parte de usuários brasileiros, a empresa divulgou nota dizendo que a mudança não teve como objetivo trazer de volta a plataforma de mídia social ao Brasil, em descumprimento da lei, mas sim garantir a qualidade dos serviços em outros países da região.

O X correu contra o tempo para indicar um representante legal no Brasil. A empresa chegou a nomear os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal para defendê-la perante o STF, mas, diante da falta de um representante legal, Moraes determinou na quinta-feira que a empresa apresentasse um nome em até 24 horas.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.