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SÃO PAULO – Após a confirmação de que Sérgio Moro será o “superministro” da Justiça de Jair Bolsonaro, todos estudam agora quais são os impactos desta decisão na política e também na Lava Jato. E para William Waack, agregar a popularidade do juiz é uma grande vitória para o presidente eleito (veja no vídeo acima).
Para o jornalista, há um impacto significante também na relação com a imprensa internacional, que até então tem feito duras críticas à Bolsonaro. Segundo ele, a chegada de Moro, que é muito elogiado no exterior, fará o mundo acadêmico europeu e norte-americano ter que pensar duas vezes antes de criticar o presidente.
Sobre os riscos, quem sofre mais com a decisão é o próprio juiz Moro, que agora terá de aprender a lidar com um mundo totalmente diferente do que estava até agora, o político. “Começa que ele está obedecendo alguém, alguém do Executivo, ele não é mais o dono da própria agenda dele”, explica Waack.
O grande desafio agora é sair do âmbito da Lava Jato e agora ser responsável pela segurança pública do País. “Segurança pública é uma esfera muito mais abrangente do que a da corrupção, onde Sérgio Moro conquistou tantos méritos”, afirma.
Por fim, Waack explica que Moro e os procuradores entenderam que a sociedade não tem condição de se defender sozinha do sistema de corrupção enraizado na política. Ele acredita, que, de forma implícita, eles concluíram que existe uma incapacidade da política se regenerar.
“Me parece que eles [Moro e os procuradores] que é melhor tentar entrar na política e mudar a política de dentro para fora do que simplesmente destruí-la de fora para dentro”, conclui dizendo que se for isso mesmo, estamos vendo algo revolucionário acontecendo.
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