Wajngarten afirma que não havia segurança jurídica para compra de vacinas da Pfizer

Ex-secretário disse que 3 cláusulas emperraram o contrato, e, por isso, entes políticos deveriam ter criado mais rápido um ambiente adequado para a decisão

Reuters

(Foto: Alan Santos/PR)
(Foto: Alan Santos/PR)

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BRASÍLIA – O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten afirmou à CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira que não havia segurança jurídica para a assinatura de contrato com a Pfizer para a compra de vacinas contra a Covid-19.

Ao sustentar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que não participou diretamente de nenhum episódio de negociação, o ex-secretário disse não saber quem dificultou a aquisição das vacinas.

Wajngarten disse que três cláusulas emperraram o contrato com a Pfizer, e, por isso, os entes políticos deveriam ter criado mais rápido um ambiente adequado para a decisão.

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Uma das linhas de investigação da CPI apura a aquisição e distribuição de vacinas e seus insumos, e se houve recusa ou retardo na viabilização de doses da CoronaVac e da Pfizer por parte do governo federal.

Questionado, Wajngarten negou ter ouvido dentro do governo a defesa da tese da imunidade de rebanho.

Evitou, em diversos momentos, responder diretamente perguntas do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que baseou seus questionamentos em entrevista de Wajngarten à revista Veja assim que deixou o governo, levando o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), a suspender a reunião por alguns minutos.

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No retorno, Aziz lembrou o depoente que estava ali na condição de testemunha, mas que, se não fosse objetivo nas respostas, poderia ser reconvocado como investigado. Aziz também alertou que poderia pedir à revista a degravação da entrevista.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello; Edição de Alexandre Caverni)

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