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SÃO PAULO – De acordo com informações da Polícia Militar, a primeira manifestação contra o governo de Dilma Rousseff deste ano contou com pelo menos 3 milhões de pessoas nas ruas em 26 estados e Distrito Federal, neste domingo (13). Assim, ela superou março de 2015, quando foram 2,5 milhões e também as Diretas Já, em 1984. Conforme estimativa dos organizadores, 6,4 milhões teriam ido às ruas neste domingo.
Segundo a Polícia Militar, 1,4 milhão de pessoas compareceram às manifestações na Avenida Paulista. De acordo com o DataFolha, cerca de 500 mil pessoas estiveram no ato desta tarde. Segundo a Polícia Militar, 100 mil pessoas participaram da manifestação em Brasília, 20 mil em Salvador (BA), 120 mil no Recife (PE), 30 mil em Belo Horizonte (MG), 200 mil em Curitiba (PR) e 100 mil em Porto Alegre (RS). Os números do Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM) e Florianópolis não foram divulgados.
A repercussão internacional dos protestos de hoje nos jornais internacionais foi bem intensa. O jornal americano The New York Times afirmou que as grandes manifestações pelo Brasil refletiram o descontentamento e a raiva crescente frente aos escândalos de corrupção e o aprofundamento da crise econômica. O Wall Street Journal, por sua vez, afirmou que a ira dos manifestantes se volta contra Dilma, a economia e escândalos de corrupção.
O The Guardian também deu destaque ao movimento, ressaltando que, além dos problemas que Dilma já enfrentava, o cerco se fechando contra o líder do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acabou dando mais um motivo para se acreditar que Dilma não conseguirá completar quatro anos de mandato.
O jornal francês “Le Monde” classificou as manifestações deste domingo como uma “mobilização de larga escala contra a presidente Dilma Rousseff, mergulhada em uma crise política e ameaçada pelo impeachment em meio a escândalos de corrupção”.
O argentino Clarín deu destaque às manifestações populares na capa do seu site e chamou o Brasil de um “país convulsionado”. “Os manifestantes tingiam as ruas com o verde e amarelo da camiseta da seleção brasileira de futebol”, afirma, lembrando que estes protestos são os primeiros a serem apoiados abertamente pelos partidos de oposição. Já a agência AFP afirmou que os “protestos em massa “sacudiram o Brasil”.
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