SÃO PAULO (Reuters) – O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que plataformas de redes sociais tirem do ar vídeos publicados por Nikolas Ferreira (PL), candidato a deputado federal mais votado do país e eleito por Minas Gerais, com alegações falsas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informaram os advogados do petista.
Ferreira, que recebeu quase 1,5 milhão de votos em 2 de outubro, afirma nos vídeos que Lula incentivaria a criminalidade, o uso de drogas por crianças e adolescentes e pretende, se eleito, perseguir cristãos e fechar igrejas, entre outras alegações falsas.
“É forçoso reconhecer que o vídeo divulgado foi produzido para ofender a honra e a imagem do candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo consistiu na disseminação de discurso manifestamente inverídico e odioso que pretende induzir o usuário da rede social a vincular o candidato como defensor político das práticas ilícitas e imorais acima mencionadas”, afirmou o ministro em sua decisão.
Twitter, Instagram, TikTok e Facebook têm 24 horas para remover o vídeo dessas plataformas sob pena de multa de 50 mil reais em caso de descumprimento.
Além de Ferreira, outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e atrás de Lula nas pesquisas, também publicaram o vídeo, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os dois últimos filhos do presidente.