Tributária: arma entra em “imposto do pecado” e carne segue em cesta básica isenta

Entre os pontos mantidos pelo relator, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), estão a isenção de tributos para carnes, frangos e peixes, além da tributação menor para medicamentos

Fábio Matos

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária no Senado (Foto: Agência Senado)
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária no Senado (Foto: Agência Senado)

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O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do principal projeto de regulamentação da reforma tributária no Senado, divulgou nesta segunda-feira (9) o parecer sobre o texto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em julho. 

Em seu relatório, o parlamentar manteve as alterações feitas pelos deputados na proposta original apresentada pelo governo federal. Entre os pontos mantidos por Braga, estão a isenção de tributos para carnes, frangos e peixes, além da tributação menor para medicamentos. 

Armas

O relator decidiu incluir armas e munição na lista de produtos que terão uma cobrança adicional por meio do Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”. 

A íntegra do parecer de Eduardo Braga deve ser lida nesta tarde, em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. 

Após a leitura, é provável que seja concedida vista (mais tempo para análise) aos integrantes do colegiado, para que possam se debruçar sobre o texto. 

Votação em plenário

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende votar o projeto de regulamentação da reforma tributária, em plenário, ainda nesta semana – possivelmente na quarta-feira (11). 

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O texto já está incluído na pauta prévia de votações do Senado. O Congresso Nacional corre contra o tempo para aprovar a proposta, às vésperas do início do período do recesso legislativo. 

A reforma tributária

Em linhas gerais, a regulamentação da reforma tributária define parâmetros para as cobranças de impostos sobre o consumo (IBS, CBS e o Imposto Seletivo), criados com a promulgação da reforma tributária, no ano passado. 

Após um período de transição, esses impostos substituirão cinco tributos que atualmente incidem sobre produtos e serviços no país: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

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Em agosto, o Ministério da Fazenda estimou que a alíquota-padrão dos impostos unificados ficará em 27,97%

A projeção está acima dos 26,5% estimados inicialmente pela equipe econômica do governo, quando a proposta de reforma tributária foi aprovada pelo Congresso Nacional, em 2023.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”