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O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, afirmou que o ataque aéreo de Israel ao Líbano, que deixou centenas de mortos e um rastro de destruição, nesta segunda-feira (23), pode ser classificado como “tremendamente revoltante”.
Ainda de acordo com Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e um dos auxiliares mais próximos de Lula, a atitude das forças israelenses pode desencadear uma “guerra total” na região.
“Eu acho uma coisa tremendamente revoltante e perigosa porque ali há o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar em que há muitos brasileiros”, disse Amorim em conversa com jornalistas, em Nova York, onde integra a delegação do governo brasileiro que participará da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
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As declarações do ex-chanceler brasileiro foram dadas antes de uma reunião entre Lula e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.
De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, pelo menos 356 pessoas morreram e mais de 1,2 mil ficaram feridas no ataque israelense. O governo do premiê Benjamin Netanyahu informou que o ataque foi uma nova ofensiva contra o grupo terrorista Hezbollah.
Ainda segundo Celso Amorim, o Itamaraty pode, eventualmente, atuar pela repatriação de brasileiros caso isso se faça necessário.
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“Tenho certeza de que o Itamaraty já está planejando alguma coisa nesse sentido. Tenho certeza mesmo, porque já ouvi eles dizerem, mas a experiência é dura”, concluiu.
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