Publicidade
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, informou hoje (9) que o Brasil trabalha em um plano de contingência para dialogar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista coletiva, o chanceler brasileiro disse esperar que o protecionismo da economia norte-americana, reiterado na campanha de Trump, não se concretize.
“Treino é treino, e jogo é jogo. Treino é campanha, e jogo é agora. Esperamos que o jogo seja melhor que o treino”, afirmou Serra.
Serra considerou “positivo” o Brasil não ter figurado de forma central na campanha eleitoral norte-americana. “O Brasil não fez parte da campanha da Hillary, nem do Trump. Não foi objeto de controvérsias, nem disputas. De maneira que o fato de não ter estado no centro dos acontecimentos, da discórdia na campanha, é positivo.”
O chanceler disse que vai acompanhar a montagem da equipe de Trump. Nos Estados Unidos, a nomeação para cargos do alto escalão depende de aprovação do Senado, diferentemente do que ocorre no Brasil, onde o Executivo tem autonomia na indicação de nomes. Para o ministro, a montagem da equipe será uma indicação dos rumos do governo Trump. Serra destacou que o país também acompanhará as manifestações do futuro presidente sobre política externa, econômica e comercial nos próximos meses.
Em nota, o Itamaraty reiterou que o país buscará manter os laços com os Estados Unidos. “Estas duas grandes nações das Américas compartilham semelhanças que valorizam e orientam as relações bilaterais. Somos sociedades multiétnicas, inspiradas por valores democráticos e de respeito aos direitos humanos, em busca da prosperidade, da liberdade, da justiça e da dignidade para todos.”
Posse
O empresário Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos. O candidato republicano obteve, nesta madrugada, 276 votos de delegados do colégio eleitoral, seis a mais do necessário para vencer a disputa. Trump derrotou a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata. Trump assegurou maioria em estados decisivos como Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Pensilvânia.
Continua depois da publicidade
Donald Trump tomará posse no dia 20 de janeiro.