Tratar o 8/1 com condescendência seria incentivo a atos antidemocráticos, diz presidente do STF

Ministros fizeram breve cerimônia no Supremo para marcar a data, antes de seguirem para evento no Congresso

Equipe InfoMoney

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8), dia em que o ataque às sedes dos Três Poderes completa um ano, que tratá-lo com condescendência poderia servir de incentivo a novas investidas do tipo. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que contestavam o resultado da eleição de 2022, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em breve cerimônia no Supremo para marcar a data, Barroso lembrou que os envolvidos nos atos antidemocráticos já estão sendo investigados e processados pela Justiça e devem ser responsabilizados. Dos mais de 2 mil detidos, 66 pessoas continuam presas e 25 foram condenadas a penas que variam de 10 a 17 anos de prisão, em regime inicial fechado, por associação criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e depredação de patrimônio protegido da União.

“Tratar com condescendência o que aconteceu é dar um incentivo para que os derrotados da próxima eleição, sejam quem forem, também se sintam no direito de depredar os prédios das instituições públicas. Estamos aqui para evitar que isso aconteça de novo”, afirmou Barroso na sessão no STF. “Jamais esqueceremos! E estamos aqui para manter viva a memória do episódio que remete ao país que não queremos, o país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não parece com o Brasil”.

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Depois, os ministros da Corte foram para o Congresso Nacional para participar do evento “Democracia Inabalada”,  que começou às 15h com a presença de Barroso, do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente do Senado (e do Congresso), Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de governadores, ministros, parlamentares e representantes da sociedade civil.

Também participam do evento, proposto por Lula, o decano Gilmar Mendes e os ex-ministros Rosa Weber, que presidia o STF na época do ataque, e Ricardo Lewandowski, que é cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no lugar de Flávio Dino (indicado por Lula para o STF), entre outros representantes do Poder Judiciário. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), não participou.

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(Com Reuters)

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