Tio de Lucas Paquetá fica em silêncio, e CPI das Apostas quer quebra de sigilo

Amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol Lucas Paquetá, optou pelo silêncio

Agência Senado

Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol Lucas Paquetá, em depoimento à CPI das Apostas (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol Lucas Paquetá, em depoimento à CPI das Apostas (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol Lucas Paquetá, optou pelo silêncio, nesta quarta-feira (30), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas e da Manipulação de Jogos. 

Diante da postura do depoente, a CPI pretende pedir a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático de Tolentino. O requerimento ainda precisa ser aprovado pelo colegiado.

A sugestão foi do relator da CPI, senador Romário (PL-RJ). O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI, assegurou que o requerimento será apresentado em breve.

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A oitiva de Bruno Tolentino durou menos de 15 minutos. O depoente respondeu apenas a uma pergunta de Kajuru: afirmou que tem dois filhos. Diante dos demais questionamentos do relator e do presidente, Tolentino se limitou a repetir que permaneceria em silêncio por orientação de seus advogados.

Kajuru criticou o silêncio de Tolentino, em especial sobre a investigação em torno de seu sobrinho. Lucas Paquetá joga pelo West Ham, clube da Inglaterra, e é alvo de investigação da Football Association (a federação inglesa de futebol) por suspeitas de manipulação de recebimento de cartões em partidas do campeonato local. 

O depoimento de Paquetá também estava previsto para esta quarta, mas foi adiado para o dia 3 de dezembro a pedido da defesa do jogador.

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Segundo Kajuru, o depoente teria afirmado na ante-sala reservada da CPI que o suposto caso de manipulação envolvendo Paquetá seria “mentira”, mas se recusou a repetir diante das câmeras e microfones.

“O senhor, como pai, acha que é normal o senhor ficar em silêncio em todas as perguntas, mas, ao mesmo tempo, lá na sala, dizer que é tudo mentira o que se fala a respeito do seu sobrinho Paquetá? Não respondendo nada, o senhor deixa uma dúvida para toda a sociedade brasileira. O caso Paquetá está no ar”, afirmou o senador.

De acordo com requerimento de convocação apresentado por Kajuru, Bruno Tolentino teria lucrado com apostas que envolviam o recebimento de cartões por Lucas Paquetá durante jogos. 

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Além disso, Tolentino e seu filho Yan teriam feito uma transferência de R$ 40 mil a outro jogador, Luiz Henrique, quando este atuava no futebol da Espanha. O dinheiro teria sido enviado no início de 2023, após partidas em que Luiz Henrique recebeu cartões amarelos. 

Ambos os casos podem configurar manipulação de apostas esportivas. A CPI também vai votar a convocação de Luiz Henrique para depoimento.

Novos depoimentos

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A CPI aprovou convites a sete árbitros afastados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após decisões polêmicas em partidas do Campeonato Brasileiro. São eles: Ramon Abatti Abel, Braulio da Silva Machado, Flávio Rodrigues de Souza, Diego Pombo Lopez, Pablo Ramon, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e José Claudio Rocha Filho. O requerimento foi apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

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