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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), admitiu, nesta terça-feira (31), trabalhar para a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado Federal e disse que essa é a posição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nosso governo está apoiando a reeleição do presidente Pacheco. Entendemos que é fundamental para o fortalecimento da democracia”, disse na saída de evento promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em São Paulo.
A ministra não participará da votação na casa legislativa, já que seu mandato de senadora encerra nesta terça-feira. Nas últimas eleições gerais, ela optou por disputar a Presidência da República em vez de tentar a recondução como senadora por mais oito anos. Na próxima legislatura, seu assento vai ser ocupado por Tereza Cristina (PP-MS), ministra da Agricultura no governo anterior.
“O 8 de janeiro não foi uma data qualquer. Todos nós nos espantamos e sentimos até com o sentimento de horror uma triste realidade que hoje existe no Brasil. O Brasil está dividido ao meio, lamentavelmente o ex-presidente [Jair] Bolsonaro (PL) conseguiu extrair o que há de pior de uma parcela ínfima, muito pequena, mas que é barulhenta, da sociedade brasileira”, afirmou a parlamentar.
Na disputa pelo comando do Senado por mais dois anos, Pacheco enfrenta o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL). O confronto é visto no meio político como um novo enfrentamento entre Lula e Bolsonaro.
Nos últimos dias, Bolsonaro chegou a ligar para parlamentares para pedir voto em seu aliado. O ex-presidente está nos Estados Unidos desde os últimos dias de seu mandato e ainda não tem data para retornar ao Brasil.
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Na avaliação de Tebet, a candidatura de Pacheco é a única capaz de gerar estabilidade institucional e um ambiente de harmonia entre os Três Poderes – requisitos considerados por ela fundamentais para a construção de estabilidade econômica.
“Sem isso (estabilidade institucional), não dá para falar em baixar a taxa de juros de 13,75%, não dá para falar em garantir uma inflação mais baixa, um crescimento econômico, geração de emprego e renda e qualidade dos serviços públicos. Democracia é o grande guarda-chuva. Por conta disso, sim, estou em plena campanha, no horário de almoço”, afirmou.
Tebet disse que tem usado seus horários de almoço para fazer campanha para Pacheco e contar votos entre seus colegas senadores.