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Em meio a uma crise na segurança pública e a duras críticas relacionadas a episódios de violência policial no estado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nomeou o advogado Mauro Caseri para o cargo de ouvir da polícia paulista pelos próximos 2 anos.
A nomeação foi publicada na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial do Estado de São Paulo. Caseri foi escolhido a partir de uma lista tríplice encaminhada ao governo estadual e vai suceder o atual ouvidor, Cláudio Silva.
A lista tríplice analisada por Tarcísio incluía outros dois nomes. Os concorrentes foram indicados por membros do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), do Ministério Público (MP), da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Assim como já havia acontecido em anos anteriores, a lista foi elaborada pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe).
Caseri foi o terceiro mais votado da lista, com 7 apoios, superado por Cláudio (que tentava a recondução), com 9, e Valdison Pereira, que obteve 8 votos. O governador de São Paulo não tem a obrigação de escolher o mais votado para o cargo.
Tarcísio tinha o prazo até o dia 23 de dezembro para fazer a escolha.
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O futuro ouvidor da polícia de São Paulo é o atual chefe de gabinete de Cláudio Silva. Como o atual ouvidor saiu de férias na última segunda-feira (16), Caseri irá substituí-lo até o fim do ano. O advogado ocupará o cargo, em definitivo, durante os anos de 2025 e 2026.
A Ouvidoria da polícia de São Paulo recebe denúncias por meio de canais digitais e telefônicos. O órgão tem a missão de fiscalizar a atividade das forças policiais estaduais – policiais militares, civis, científicos, agentes penitenciários e guardas.
Leia também: “Eu admito, estava errado”, diz Tarcísio sobre críticas a câmeras corporais da PM
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Violência policial
A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP), comandada por Guilherme Derrite, vem sendo alvo de uma série de críticas por causa de episódios de violência policial que vieram à tona nos últimos meses.
De acordo com dados do Ministério Público, as mortes em abordagens da Polícia Militar de São Paulo aumentaram 46% até o dia 17 de novembro deste ano, na comparação com 2023.
Entre janeiro e novembro, 673 pessoas foram mortas por PMs, ante 460 do mesmo período do ano anterior. Dessas mortes, 577 foram praticadas por policiais em serviço, enquanto 96 foram por policiais que estavam de folga.