Tarcísio demite major que foi alvo de operação sobre suposta tentativa de golpe

Major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli foi demitido da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp)

Agência Brasil

Tarcísio Freitas, do Republicanos
Tarcísio Freitas, do Republicanos

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), demitiu da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli. A empresa confirmou que o desligamento ocorreu na segunda-feira (12).

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o militar teria participado de uma tentativa de golpe de Estado. O major foi alvo de busca e apreensão – autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – na Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na semana passada. Por decisão da Justiça, ele está proibido de manter contato com os demais investigados e de sair do país.

De acordo com a PF, Angelo Martins Denicoli pertencia ao núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, composto também pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; além de Fernando Cerimedo, Éder Lidsay Magalhães Balbino, Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques Almeida, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Tércio Amaud Tomaz.

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Segundo as investigações, o grupo teria atuado, prioritariamente, na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e de “estudos” sobre a falta de lisura das eleições presidenciais de 2022, bem como sobre supostos registros de votos após o horário oficial e inconsistências no código-fonte das urnas. De acordo com a PF, os investigados teriam a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas no intuito de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado.