STF: Flávio Dino marca para 10 de outubro audiência para debater orçamento secreto

Conforme a decisão desta segunda-feira (30), a audiência contará com representantes do Senado, da Câmara dos Deputados, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR)

Equipe InfoMoney

Flávio Dino, ministro do STF (Rosinei Coutinho/SCO/STF)
Flávio Dino, ministro do STF (Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Publicidade

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de uma nova audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional, em 10 de outubro, para tratar das emendas parlamentares RP8 e RP9 — emendas de relator do Orçamento, chamadas de “orçamento secreto”.

Conforme a decisão desta segunda-feira (30), a audiência contará com representantes do Senado, da Câmara dos Deputados, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O PSOL também vai participar da reunião por ter protocolado a petição que questiona o orçamento secreto.

Continua depois da publicidade

Ao justificar a nova audiência, Dino afirmou que a decisão do Supremo proferida em 2022 para extinguir o orçamento secreto ainda não foi totalmente cumprida.

“É absolutamente incompatível com a Constituição Federal, inclusive quanto à harmonia entre os poderes, que um acórdão do STF não tenha sido ainda adequadamente executado, decorridos quase dois anos da data do julgamento que ordenou o fim do orçamento secreto, em 19/12/2022”, anotou o ministro.

Em agosto, durante a primeira audiência de conciliação, o ministro determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) ampliasse o levantamento sobre os municípios que mais foram beneficiados com emendas do orçamento secreto, entre 2020 e 2023.

Continua depois da publicidade

Após a reunião, o Tribunal de Contas da União (TCU) elaborou uma lista de 21 processos com possíveis irregularidades nas emendas parlamentares e enviou o documento para a Procuradoria-Geral da República (PGR) tomar providências.

Entenda o caso

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continua em descumprimento. 

Continua depois da publicidade

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu o processo.

Em agosto, Flávio Dino determinou que as emendas deveriam seguir critérios de rastreabilidade, e determinou à CGU auditar os repasses realizados pelos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

(Com Agência Brasil)