STF diz que bloqueio a Twitter/X segue em vigor após usuários relatarem acesso à rede

"Aparentemente, é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes", disse uma fonte do Supremo à agência de notícias Reuters. Procurado, o X (antigo Twitter) não se manifestou

Reuters

Ministro do STF Alexandre de Moraes
11/04/2024
REUTERS/Jorge Silva
Ministro do STF Alexandre de Moraes 11/04/2024 REUTERS/Jorge Silva

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Usuários da rede social X (antigo Twitter) no Brasil relataram, na manhã desta quarta-feira (18), estarem com acesso às suas contas na plataforma, mesmo diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a rede no país após descumprimento de decisões judiciais.

Uma fonte do Supremo afirmou à Reuters, entretanto, que o bloqueio da rede social se mantém em vigor e que o STF está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários.

“Aparentemente, é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, disse a fonte. Procurado, o X não respondeu de imediato ao pedido de comentário.

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por ordenar às operadoras o cumprimento da decisão de suspender o X, também não respondeu até o momento.

Conforme relatos, usuários estava conseguindo acesso ao X a partir de determinados celulares. Algumas pessoas também disseram que estavam recebendo notificações de contas que nem sequer seguem com conteúdos contrários ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar a suspensão da rede social.

A plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk foi bloqueada no Brasil no fim do mês passado por ordem de Moraes, em decisão referendada posteriormente pela Primeira Turma do STF. Integrantes da extrema-direita e o próprio Musk consideraram a determinação um ataque à liberdade de expressão.

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Na semana passada, Moraes também determinou a transferência de 18,35 milhões de reais que estavam em contas bloqueadas das empresas X e Starlink, também de Musk, aos cofres da União, para pagamento de multas por descumprimento de ordens judiciais.

Os valores haviam sido bloqueados por ordem de Moraes para o pagamento de multas que haviam sido impostas à plataforma X devido a sucessivos descumprimentos de ordens judiciais, como o bloqueio de contas e a retirada de páginas disseminadoras de fake news. O X também ignorou determinação judicial para que indicasse um representante legal da rede social no país.