“Somente ele poderia decidir se seria ou não candidato”, diz Lula sobre Biden

“Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la", afirmou Lula

Fábio Matos

Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden e o Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Casa Branca, em Washington (Ricardo Stuckert/PR)
Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden e o Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Casa Branca, em Washington (Ricardo Stuckert/PR)

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Um dia depois da desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de concorrer à reeleição no pleito de novembro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou publicamente sobre o assunto pela primeira vez.

Em entrevista concedida a agências de notícias internacionais, com trechos reproduzidos em sua conta oficial no X (antigo Twitter), Lula fez elogios a Biden, com quem mantém boa relação, e disse que a decisão sobre disputar ou não a eleição americana cabia, exclusivamente, ao próprio presidente dos EUA.

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“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, afirmou Lula.

Na mensagem publicada nas redes sociais, o presidente brasileiro não cita o nome da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, favorita a suceder Biden na corrida eleitoral, contra o ex-presidente Donald Trump, confirmado na semana passada como candidato do Partido Republicano.

Lula disse, ainda, que o Brasil manterá relações políticas e diplomáticas com os EUA, independentemente de quem seja eleito. Até então, Lula não escondia sua torcida pela vitória do Partido Democrata sobre Trump.

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“Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la”, concluiu.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”