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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), reconheceu mais uma vez a gravidade da emergência climática no Brasil e no mundo, mas afirmou que o governo federal vem fazendo “o possível” para combater os incêndios florestais e as queimadas que assolam diversas regiões do país, entre as quais o Pantanal e a Amazônia.
Em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira (11), Marina disse também que, além dos governantes, a sociedade civil também precisa assumir sua responsabilidade em relação à preservação do meio ambiente.
“Tudo o que precisava ser feito, a gente está fazendo. Agora, é preciso que a gente entre em uma lógica de a sociedade também se responsabilizar. Não tem como você dizer: ‘As pessoas estão livres para tocar fogo e aí o governo federal que apague, o governo estadual que apague, os proprietários que apaguem’”, observou a ministra.
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“A primeira coisa que a gente tem de deixar claro para a população, e os cientistas estão fazendo isso muito bem, é não deixar as pessoas se iludirem com falsas expectativas de coisas que os humanos não conseguem fazer”, prosseguiu Marina.
“As coisas que nós poderíamos fazer para evitar que o rio seque eram para ter começado em 1992. As coisas que a gente deveria ter feito para evitar que a temperatura chegasse a 1,5 ºC [de elevação da temperatura do planeta em relação ao período pré-industrial] no ano passado deveriam ter começado em 1992. Agora nós estamos vivendo sob os efeitos da mudança climática”, constatou.
Marina rebateu as críticas de que o governo estaria demorando a agir no combate aos focos de incêndio espalhados pelo país.
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“Agora estamos fazendo aquilo que precisa ser feito, que é uma política estruturante no sentido de que, mesmo tendo sido antecipado o período seco e dos incêndios no Pantanal, nós estávamos prontos para fazer o combate. Se não fosse a ação do governo federal, nós estaríamos em uma situação de completa falta de controle”, disse a ministra.
Apesar do momento difícil que o país enfrenta, a ministra do Meio Ambiente afirmou que agradece “a Deus” por estar à frente da pasta.
“Por mais que esteja sendo atribuído a quem lutou a vida toda para que isso não acontecesse, eu agradeço a Deus por estar neste lugar. Eu prefiro estar neste lugar, porque eu sei o que estamos fazendo. É uma equipe que sabe o que está fazendo”, concluiu.