Silveira diz que Vale deixou de estar “acéfala” e pede sensibilidade sobre Mariana

Ministro reforçou ser crítico ao modelo de capital pulverizado das empresas com participação da União, mas afirmou que há um "máximo" respeito à governança e ao "status quo" de companhias como Vale e Eletrobras

Estadão Conteúdo

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Após a eleição de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale (VALE3), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (28) que a companhia estava em “condição de acefalia”. “A Vale estava acéfala, agora não”, comentou.

Ele disse ainda esperar “sensibilidade humana” do executivo em relação ao acordo de Mariana (MG).

O ministro reforçou ser crítico ao modelo de capital pulverizado das empresas com participação da União, mas afirmou que há um “máximo” respeito à governança e ao “status quo” de companhias como Vale e Eletrobras.

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Na terça-feira (27), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também voltou a criticar o modelo de gestão da Vale e disse que, atualmente, a empresa não tem dono. Na avaliação do presidente, a companhia se assemelha a um “cachorro com muito dono: ou morre de fome ou morre de sede”.

“A Vale, que tinha uma diretoria, eu sabia quem era o presidente, a gente sabia quem era. Hoje, nessa discussão que a gente está, de fazer um acordo para receber o dinheiro de Mariana, o dinheiro que prometeram para o povo, você não tem dono. Uma tal de corporation que não tem dono, é um monte de gente com 2%, monte de gente com 3%”, disse Lula.

Pimenta, que era diretor financeiro da mineradora, substituirá Eduardo Bartolomeo a partir de 1º de janeiro de 2025. O anúncio põe fim a uma disputa que gerou, além de uma lista oficial de candidatos, uma corrida paralela em que se enfrentaram nomes ligados ao governo Lula, representados pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e o próprio Silveira.

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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, também avaliou o currículo de um potencial candidato.

“A escolha de seu CFO (…) demonstra o que nós, do governo do presidente Lula, pensamos. A empresa resolveu dentro da sua governança”, afirmou Silveira. “Cabe conviver com Eletrobras e Vale dentro do máximo respeito à governança”, acrescentou.

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