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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, nesta sexta-feira (4), que os preços de combustíveis praticados internamente estão “no limite” e que, se houver oscilação para cima da cotação do petróleo, repasses serão feitos pela Petrobras.
“Ninguém está tomando prejuízo ainda na questão da importação da gasolina e do diesel para suprir o mercado interno. Nós estamos, e reconhecemos, no limite do preço possível de competitividade interna”, disse, em entrevista à GloboNews.
Silveira também negou que tenha havido uma ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana para que a Petrobras segurasse reajustes de combustíveis.
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“Em nenhum momento, muito pelo contrário, o presidente Lula se dirigiu ao presidente da Petrobras ou a qualquer membro da diretoria nesse sentido. Eles disseram de forma explícita que estavam no limite do preço marginal e que, se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, fariam o repasse.”
Na terça-feira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também negou que a reunião realizada com a presença de Lula tenha tratado de preços de combustíveis.
O ministro ressaltou ainda que não haverá nenhuma irresponsabilidade do governo com a política de preços da Petrobras, que abandonou neste ano a prática de preço de paridade de importação (PPI).
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Segundo ele, o governo tem “lucidez” de que qualquer intervenção na política da estatal iria afugentar investidores e poderia eventualmente comprometer o suprimento interno de combustíveis, que depende de importações.
“Estamos atentos a essa política de preços, para que ela não possa, em nenhum momento, nem comprometer o caixa da Petrobras, comprometer sua rentabilidade numa média internacional razoável, e muito menos faltar suprimento ao consumidor”, disse.
Na véspera, a Petrobas divulgou um lucro líquido 47% menor no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, somando 28,8 bilhões de reais, em meio a uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional e dos combustíveis no Brasil.
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Integração energética com Venezuela
O governo brasileiro assinará nesta sexta-feira um decreto para voltar a interligar a rede elétrica do Brasil com a Venezuela, permitindo que Roraima volte a importar energia do país vizinho, disse Silveira.
“O decreto autoriza a partir de hoje a Venezuela a ‘retrofitar’ a linha, porque depois que ela foi desligada… vai precisar de uma série de obras do lado da Venezuela”, explicou.