Senado convida Celso Amorim e Vieira para explicarem atuação do Brasil na Venezuela

Os requerimentos para chamar os representantes do governo brasileiro para assuntos internacionais foram apresentados pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS)

Equipe InfoMoney

O assessor especial da presidência, Celso Amorim, 26/06/2023. (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
O assessor especial da presidência, Celso Amorim, 26/06/2023. (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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Os dois principais interlocutores do governo brasileiro para assuntos internacionais devem ir à Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado para explicar a atuação do Brasil nas eleições venezuelanas.

A comissão aprovou, nesta quinta-feira (8), convites para que compareçam ao colegiado o assessor especial da Presidência da República, o embaixador Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O primeiro a comparecer ao Senado será Amorim, que esteve na Venezuela durante a eleição e chegou a se encontrar com o ditador Nicolás Maduro.

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“Estamos dispostos a fazer o convite para que o embaixador Celso Amorim compareça na próxima semana, exatamente na quinta-feira (15), e o ministro Mauro Vieira virá na sequência, nós ficamos apenas de combinar com o ministro e com os senadores uma data”, informou o presidente da CRE, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Renan informou que o ministro Vieira viajará nas duas próximas semanas e, por isso, a audiência com o chefe do Itamaraty deve ficar para quando ele regressar.

Os requerimentos para chamar os representantes do governo brasileiro para assuntos internacionais foram apresentados pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS).

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No caso do Amorim, o requerimento apresentado pela senadora Cristina era para convocação do embaixador. Diferentemente do convite, a convocação cria a obrigação da pessoa comparecer à sessão. Porém, um acordo foi costurado para trocar a convocação pelo convite.

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Caos político na Venezuela

O Brasil tem mediado a crise aberta na Venezuela após as eleições presidenciais do dia 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país caribenho deu a vitória para Maduro por 51,95% dos votos, contra 43,18% do 2º colocado, o opositor Edmundo González.

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O CNE, porém, não publicou os dados de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação, como determina a legislação da Venezuela. A oposição questionou os dados e apresentou supostas atas eleitorais que mostram que Edmundo teve mais de 60% dos votos.

Brasil, México e Colômbia têm solicitado que as autoridades publiquem os documentos originais por mesa de votação e defendem uma solução pela via institucional. O impasse foi parar no Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela, que abriu uma investigação sobre o processo eleitoral.

(Com Agência Brasil)