Sem votar esses textos sempre há algum prejuízo, afirma Haddad sobre arcabouço e Carf

O ministro, por sua vez, ainda demonstrou confiança na deliberação de todas as propostas, incluindo a reforma tributária, até amanhã

Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou nesta quinta-feira, 6, que deixar a aprovação dos projetos do arcabouço fiscal e do voto de qualidade do Carf para a primeira semana de agosto pode gerar “algum” prejuízo para a elaboração do orçamento de 2024. O ministro, por sua vez, ainda demonstrou confiança na deliberação de todas as propostas, incluindo a reforma tributária, até amanhã, 7.

“A bem da verdade precisamos dos três textos analisados, para a partir de agosto entrar com novas medidas para fazer o equilíbrio que a gente espera para o ano que vem, tem muita coisa para acontecer neste ano. O ideal é limpar a pauta, mas se vai ser agora, ou na primeira semana de agosto, aí”, disse Haddad a jornalistas, que foi então questionado se haveria prejuízo no cenário em que o Congresso deixe para agosto a votação dos projetos do Carf e do arcabouço.

“Algum (prejuízo) sempre há, porque estamos na elaboração do orçamento. Não entrega 30 de agosto começando a elaborar em 10 de agosto, não faz em 20 dias. Então aprovação do marco fiscal e do Carf ajuda a distribuir as cotas para os ministérios, tem uma série de procedimentos administrativos que ficam mais sólidos com as peças já aprovadas”, respondeu.

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Haddad afirmou também que não vê nenhum impedimento para a votação do projeto do Carf, e que enxerga disposição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a pauta. “Ele (Lira) sabe que está pronto para votar. Não tem impedimento. A disposição dele desde o começo da semana é votar os três projetos. Ele declarou publicamente”, disse o ministro, ponderando que também é necessário um entendimento das lideranças na Câmara para o tema ser pautado.

“Texto está fechado e com ampla margem de apoio”, afirmou. “O relator do Carf fez trabalho sério. Está com relatório pronto, (o projeto) está travando a pauta do arcabouço, mas não a pauta da tributária”, observou.

Perguntado se a bancada do agro ainda oferecia resistências ao texto que retoma o voto de qualidade do Carf, Haddad garantiu que o tema está pacificado. “Acabei de falar com Sergio Souza e Pedro Lupion na casa do Lira, não tem problema. Quando você aperta a mão, encerrou. São pessoas honradas. Inclusive essa notícia de que ainda haveria resistência do agro eu mandei para o deputado Sergio, que falou que a página já está virada”, respondeu.