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SÃO PAULO – Mal posicionado nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) pode estar perto de ser opção abandonada dentro de seu próprio partido, o PSD. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a sigla deve interromper nas próximas semanas articulações para viabilizar uma candidatura presidencial própria. A princípio, o sonho do ministro não decolou, mesmo em meio a esforços de oferecer-lhe maior espaço.
A ideia seria tratar como prioridade uma aliança nacional em torno do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, principal nome cotado para representar o centro governista no pleito. Conforme conta o jornal, o presidente do PSD, ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), tem dito a interlocutores que o partido tende a apoiar o tucano na corrida presidencial.
Tal postura é reforçada pela baixa perspectiva de aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre, o que poderia ajudar a alavancar o nome de Meirelles. Para Kassab, Alckmin seria o melhor nome para representar o centro e possivelmente disputaria um segundo turno com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Além disso, o comandante do PSD ainda pode desempenhar a função de aproximar o governador tucano e o presidente Michel Temer, que hoje mostra resistência em apoiá-lo.
Como moeda de troca, o partido sonha com a posição de vice na chapa vencedora em São Paulo. Segundo o jornal, hoje a situação se aproximaria de uma dobradinha com o prefeito paulistano João Doria, a despeito das fortes movimentações feitas pelo atual vice-governador Márcio França. Mas essa costura também deverá passar pelo MDB, que trabalha com o nome de Paulo Skaf, presidente da Fiesp.