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SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) – Sem discursar aos apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro compareceu rapidamente à manifestação favorável ao seu governo na manhã deste domingo em Brasília e afirmou, em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, que o ato era “em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade”.
Na capital federal, os manifestantes favoráveis ao governo se reuniam no gramado em frente ao Congresso Nacional diante de um carro de som. Imagens aéreas da TV mostravam o grupo espalhado pelo gramado em uma quantidade aparentemente inferior à de manifestações anteriores.
“Vim cumprimentar o pessoal, que está aqui numa manifestação pacífica em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade. Então parabéns a todos em Brasília e em todo o Brasil que hoje estarão nas ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso, Deus, pátria e família”, disse Bolsonaro em uma rede social.
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Manifestações a favor do presidente, que recentemente abriu um novo capítulo de seu embate com o Supremo Tribunal Federal, também ocorriam em outras capitais.
Recentemente Bolsonaro deu a graça, um perdão presidencial, ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a quase nove anos de prisão pelo STF por ameaças a ministros da corte e por ataques á democracia. O ministro Alexandre de Moraes foi o relator do processo que levou à condenação de Silveira por 10 votos a 1.
No Rio de Janeiro, onde uma grande quantidade de manifestantes se reunia na praia de Copacabana, muitos traziam cartazes contra o Supremo e contra Moraes. Um grupo carregava um caixão com a foto do magistrado e a mensagem “enterro das ações do Alexandre de Moraes”.
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Outros manifestantes também carregavam uma faixa com a frase “STF origem do mal e da insegurança nacional” e pedindo o impeachment de Moraes.
“O brasileiro tem que entender que, se não for agora, a gente não consegue mais mudar o Brasil. O PT que roubou tanto o Brasil não pode voltar”, disse à Reuters o engenheiro civil Marcos Danzo, presente na manifestação em Copacabana.
Silveira compareceu ao ato na capital fluminense e, antes de discursar, foi saudado como “futuro senador” e “futuro governador” do Estado. Ao condenar o parlamentar, o STF apontou a sua inelegibilidade.
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O deputado exaltou Bolsonaro, disse que o Brasil tem hoje presos políticos e que o presidente quase foi morto para salvar a população, em referência ao atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
“O presidente nunca se rendeu, ele tem todo o sistema, todo o establishment, batendo nele”, disse Silveira.
Também está prevista para a tarde deste domingo uma manifestação a favor de Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo.
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Outras manifestações, essas organizadas pelas centrais sindicais que apoiam em conjunto a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também acontecem para marcar o Dia do Trabalhador, celebrado neste domingo.
A principal delas ocorre em frente ao Estádio do Pacaembu, na capital paulista, e terá a presença de Lula, que deverá discursar aos manifestantes.