‘Se existe fraude, precisa ser combatida’, diz relatora do Perse

Relatora do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) na Câmara, deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, afirmou que possíveis fraudes não justificam a paralisação do benefício

Equipe InfoMoney

Renata Abreu (SP), presidente do Podemos (Foto: Divulgação)
Renata Abreu (SP), presidente do Podemos (Foto: Divulgação)

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A relatora do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) na Câmara, deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, afirmou que possíveis fraudes no programa não justificam a paralisação do benefício. De acordo com a deputada, é possível redesenhar o Perse, mas é preciso diálogo com o Congresso.

“Se existe fraude, ela precisa ser combatida e essas pessoas precisam ser penalizadas, mas nós não podemos justificar que, para combater as fraudes, nós iremos matar a classe trabalhadora desse setor, os empresários que se endividaram e fizeram investimentos”, declarou a deputada.

Instituído em 2021, o Perse tem como objetivo socorrer o setor de turismo e eventos, um dos mais atingidos pelos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Em dezembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs o fim gradual do programa até 2025. A revogação foi incluída na Medida Provisória (MPV 1202/2023) de reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, contestada na Câmara e no Senado.

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O texto prevê a volta da cobrança da CSLL, do PIS/Pasep e da Cofins para os setores hoje beneficiados já a partir de abril deste ano, cumprindo a noventena exigida pela Constituição Federal. A retomada da incidência do IRPJ, por outro lado, ocorreria somente em 2025, dada a necessidade de atendimento ao princípio da anualidade − ou seja, a regra só pode valer no exercício seguinte ao de sua aprovação.

Na semana passada, em entrevista ao InfoMoney, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), autor da lei que instituiu o Perse, disse que havia conversado com Haddad e acertado um possível encontro para depois do Carnaval. O deputado afirmou acreditar na “sensibilidade” do ministro para garantir a retomada do programa, mesmo que com eventuais ajustes.

“Eu acredito que o ministro tem consciência de que o programa não pode acabar desse jeito. Ele pode ser redesenhado a várias mãos, com a colaboração do Congresso Nacional e também do setor, que não tem sido radical e quer fazer algum tipo de ajuste”, afirmou Carreras.

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(Com O Estado de S. Paulo)