Um dia depois de o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciar seu apoio “incondicional” a Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno das eleições, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB) anunciou que está de saída da administração tucana no estado.
Nesta quarta-feira (5), Maia confirmou que deixou o comando da Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas da gestão Garcia. Ele havia sido nomeado para o cargo em agosto do ano passado, pelo então governador João Doria (PSDB).
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Embora não tenha divulgado publicamente os motivos que o levaram a deixar o governo paulista, essa decisão é atribuída justamente ao posicionamento de Garcia em favor de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial. Maia é crítico do governo federal e se tornou um dos principais alvos dos simpatizantes de Bolsonaro – e o próprio presidente – no período em que esteve à frente da Câmara.
Em um post publicado em sua conta no Twitter, Maia se limitou a anunciar sua saída da secretaria e agradeceu a Doria e Garcia “pela oportunidade”.
Informo que na data de hoje deixo a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. Agradeço aos governadores João Doria e Rodrigo Garcia pela oportunidade.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 5, 2022
Mais baixas
Além de Maia, duas secretárias deixaram suas pastas: Zeina Latif (Desenvolvimento Econômico) e Laura Muller Machado (Desenvolvimento Social). Segundo o portal G1, elas serão substituídas, respectivamente, por Bruno Caetano e Célia Leão.
O secretário da Fazenda, Felipe Salto, que havia indicado publicamente sua preferência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também pensou em sair, mas foi convencido a permanecer pelo próprio Garcia.
“Fico pela lealdade à equipe técnica e pelo compromisso que assumi em abril com o governador de tocar os projetos da secretaria até o final do ano”, confirmou Salto em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Ele conversou com Garcia por telefone, e o governador teria assegurado que o secretário tem total liberdade para apoiar Lula.