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O deputado federal Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara, anunciou, nesta quarta-feira (19), que votará em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, o parlamentar afirmou que tem divergências “profundas” com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Maia revelou ainda ter votado em Lula em 1989, na primeira eleição direta para a Presidência da República após a redemocratização do país.
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“É óbvio que minhas divergências são profundas [com Bolsonaro]. É óbvio que meu voto estará no outro campo que não o do presidente Bolsonaro. E óbvio que meu voto será, depois de 33 anos – a última vez que votei no presidente Lula foi em 1989 –, naquele que eu acredito que vai afirmar os valores democráticos, que vai preservar o nosso meio ambiente e que, principalmente, vai olhar para os mais pobres”, disse Maia.
Rodrigo Maia foi um dos entusiastas do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele comandou a Câmara dos Deputados por cinco anos, entre 2016 e 2021, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro.
Na presidência da Casa, conduziu as discussões e a votação da reforma da Previdência, em 2019, primeiro ano do atual governo. Mesmo assim, entrou em choque com Bolsonaro diversas vezes e trocou críticas públicas com o presidente. Até hoje, Maia é um dos principais alvos de simpatizantes do presidente nas redes sociais.
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Em fevereiro de 2021, Rodrigo Maia deixou a presidência da Câmara. Foi sucedido por Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, que derrotou Baleia Rossi (MDB-SP) – candidato defendido por Maia para sua sucessão no comando da casa legislativa.
Entre 2021 e 2022, foi secretário estadual de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo, a convite de João Doria (PSDB). No início de outubro, depois do anúncio do apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB) a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos) – candidato ao Palácio dos Bandeirantes –, Maia deixou a pasta.