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SÃO PAULO – Após seu nome ser citado entre os envolvidos no caso de propina da Petrobras, o governador do Ceará, Cid Gomes, pediu, ainda no sábado, que a revista IstoÉ fosse retirada das bancas. Nesta segunda-feira uma juíza de Fortaleza acatou o pedido e pediu para que a publicação fosse tirada de circulação.
A matéria publicada no final de semana afirmava que Gomes seria um dos citados pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, como um dos envolvidos em um esquema de corrupção dentro da estatal. A decisão foi tomada ainda na sexta-feira, mas como a editora da revista, a Três Editorial, foi informada apenas no sábado, não evitou que a publicação fosse para a bancas.
No site da IstoÉ, a página que deveria conter a matéria de capa informa que ela foi retirada do ar por decisão da juíza. No lugar do texto, há uma nota da revista: “A revista estuda medida judicial que garanta seu direito constitucional de informar à sociedade assuntos de interesse público”.
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Cid Gomes informou que está processando a IstoÉ por calúnia, difamação e dano moral, e ainda declarou ser vítima de uma “armação” criada por adversários para interferir na disputa eleitoral. Veja a íntegra da nota divulgada pelo governador:
“Em respeito à opinião pública cearense e brasileira, a propósito de infamante citação de meu nome, sem qualquer fundamento ou base, em matéria relativa ao chamado escândalo da Petrobras na edição desta semana da Revista IstoÉ, esclareço:
1. Estou processando a citada revista por calúnia, difamação e por dano moral por ter abrigado clara armação criada por meus adversários, visando interferir na disputa eleitoral no Ceará;
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2. Não tenho, nem nunca tive, qualquer envolvimento nem qualquer tratativa pessoal com o citado ex-diretor da Petrobras, muito menos qualquer conversa indecente ou corrupta. Todo o meu relacionamento com a Petrobras sempre foi institucional;
3. Esta clara fraude envolvendo o meu nome em véspera de eleição repete prática imunda que já tive de enfrentar quatro anos atrás, quando da publicação de invenções envolvendo meu nome e o nome do meu irmão, Ciro Gomes, que se revelaram completamente falsas;
4. O Brasil não suporta mais assistir a corrupção impune nem pode dar aos malfeitores e ladrões do dinheiro público o prêmio da impunidade, senão chegaremos ao fundo do poço em que os salafrários reinarão e ainda se sentirão autorizados a enlamear a honra de quem faz da vida pública uma prática decente. É o caso presente e a justiça tem a obrigação, de, celeremente, achar e punir os culpados.
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Fortaleza, 15 de setembro de 2014″