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Uma revisão feita no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada para o pagamento de benefícios sociais pelo governo federal, levou à exclusão de 1,7 milhão de famílias unipessoais – compostas por apenas uma pessoa – da lista de beneficiários do Bolsa Família no período de um ano.
Esse grupo é formado por pessoas que vinham recebendo o benefício de forma irregular ou integravam uma família maior, mas que constavam individualmente no cadastro – o que era visto pelo governo como uma distorção. O benefício mudou de nome durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para Auxílio Brasil, mas voltou a ser Bolsa Família sob a nova gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A quantidade de famílias unipessoais contempladas pelo programa disparou de 2,2 milhões, no fim de 2021, para 5,8 milhões, no fim de 2022. A instituição de um piso de R$ 600 para o Auxílio Brasil, independentemente do tamanho da família, impulsionou esse aumento.
Em dezembro de 2023, ao final do primeiro ano do governo Lula, o total de famílias unipessoais que recebiam o benefício era de 4,1 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
O processo de atualização cadastral do programa detectou mais de 17 milhões de cadastros desatualizados ou inconsistentes.
De acordo com o novo protocolo, o beneficiário deve assinar um termo de responsabilidade, além de entregar cópia digitalizada de documentos. Agentes das prefeituras também fazem visitas às residências das pessoas para atestar que elas moram sozinhas.
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Em agosto, o governo federal estipulou um limite de 16% para famílias unipessoais na folha de pagamento do Bolsa Família.