Reunião do PSDB com outros partidos da 3ª via está mantida após sigla adiar anúncio de chapa única

Membros do PSDB querem reunião com Doria para falar sobre inviabilidade de sua candidatura à Presidência da República

Anderson Figo

João Doria (Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)
João Doria (Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)

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O encontro do PSDB com os outros dois partidos da 3ª via, Cidadania e MDB, está mantido para esta quarta-feira (18), às 17h (de Brasília). Na ocasião, será apresentada a pesquisa feita pelo Instituto Guimarães, a pedido das legendas, sobre a viabilidade das candidaturas de João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB) à Presidência da República.

O anúncio de uma chapa única estava previsto para hoje, mas foi adiado pelo PSDB após uma reunião ontem da executiva nacional do partido em Brasília, na qual foi acordado que o ex-governador de São Paulo seria convidado a ouvir dos pré-candidatos do partido as dificuldades que eles têm enfrentado com a manutenção de sua candidatura.

“Sugeri uma reunião para que o candidato João Doria ouça de seus companheiros o que nós ouvimos aqui: que a sua candidatura traz prejuízos ao partido em vários estados”, disse o deputado Aécio Neves ao sair da reunião.

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Já o presidente do PSDB, Bruno Araújo, respondeu perguntas de jornalistas na saída do encontro e disse que “os pré-candidatos colocaram suas dificuldades nesse processo. É obrigação política ouvir o Doria.”

“Eu não estou como presidente do partido na missão de levar qualquer conjunto que seja incisivo na intenção de fazer o Doria retirar a candidatura. Passa por um processo de construção, de diálogo, onde ele também tenha uma percepção das dificuldades políticas, mas obviamente também do poder político que ele tem, representando como pré-candidato, os anseios e as expectativas que o PSDB tem de oferecer um candidato”, afirmou Araújo.

No fim de semana, Doria enviou uma carta ao partido, assinada pelo advogado Arthur Rollo, dando a entender que judicializaria sua candidatura caso o PSDB não prosseguisse com o seu nome.

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Também na saída da reunião de ontem em Brasília, Carlos Sampaio, coordenador jurídico do PSDB, disse a jornalistas que a carta de Doria foi um erro político, por sugerir uma batalha interna na sigla, e um erro jurídico, porque a “convenção é a instância máxima da decisão de candidatura”.

Doria venceu as prévias do partido em novembro de 2021 para ser o pré-candidato da sigla na disputa pelo Planalto, mas há uma parte grande dos membros da legenda que não concordam com o nome dele.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, chegou a ser apontado como um substituto de Doria na corrida pela Presidência da República, mas ele mesmo recuou recentemente e alegou que respeitaria o resultado das prévias. A convenção do PSDB está marcada para julho.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.