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Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (19) mostra que a percepção dos agentes do mercado financeiro sobre a gestão de Fernando Haddad (PT) no Ministério da Fazenda piorou significativamente nos últimos meses. A avaliação negativa do ministro saltou de 24% em dezembro para 58% em março, enquanto a aprovação caiu de 41% para apenas 10%.
A pesquisa também aponta que 88% dos entrevistados seguem avaliando negativamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não conseguiu melhorar sua imagem perante o mercado financeiro. Por outro lado, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem um desempenho bem mais positivo, com 45% de aprovação e apenas 8% de reprovação.
O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 17 de março com 106 fundos de investimentos localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. Os entrevistados incluem gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
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Piora na percepção sobre Haddad
Desde o último levantamento, realizado em dezembro de 2024, a percepção do mercado sobre Haddad sofreu uma inversão expressiva. Enquanto no final do ano passado o ministro da Fazenda ainda contava com uma aprovação de 41%, agora apenas 10% dos entrevistados veem seu desempenho de forma positiva. A desaprovação subiu de 24% para 58%, e 32% consideram seu trabalho regular.

Além disso, 85% dos entrevistados acreditam que sua influência dentro do governo Lula diminuiu nos últimos meses, em comparação com 61% que tinham essa percepção em dezembro.

Lula segue mal avaliado pelo mercado
A desaprovação do governo Lula segue alta, com 88% dos entrevistados avaliando sua gestão de forma negativa. Apenas 4% dos entrevistados consideram o governo positivo, enquanto 8% o veem como regular. Apesar disso, houve uma leve melhora em relação ao último levantamento, quando 90% desaprovavam a gestão petista.
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Os principais fatores apontados pelos agentes do mercado para a queda na popularidade de Lula são: alta nos preços dos alimentos (64%), erros na política econômica (56%) e aumento de impostos (41%).
Além disso, 92% dos entrevistados responsabilizam diretamente Lula pela direção da política econômica, enquanto apenas 5% atribuem essa responsabilidade a Haddad.

Galípolo no BC tem saldo positivo
Diferente de Haddad e Lula, Gabriel Galípolo, que assumiu a presidência do Banco Central em outubro de 2024, é visto de forma mais favorável pelo mercado financeiro. De acordo com a pesquisa, 45% dos entrevistados avaliam positivamente sua atuação, 41% consideram regular e apenas 8% veem de forma negativa.
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Quando questionados sobre as decisões tomadas até agora pelo novo presidente do BC, 38% dos entrevistados disseram que são “técnicas”, enquanto 5% as consideram “políticas”. Já 57% afirmaram que é “muito cedo para avaliar”.

Expectativa negativa para a economia
Os agentes do mercado seguem céticos sobre os rumos da economia brasileira. Segundo a pesquisa:
- 93% acreditam que a economia do país está na direção errada;
- 83% esperam que a situação econômica piore nos próximos 12 meses;
- 58% consideram que o Brasil corre risco de entrar em recessão em 2025;
- 82% acreditam que a inflação será maior do que em 2024.
Além disso, a maioria dos entrevistados (87%) espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente a taxa Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião.
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Lula candidato em 2026?
Sobre as eleições presidenciais de 2026, 60% dos entrevistados acreditam que Lula será candidato à reeleição. Esse número caiu em relação à pesquisa de dezembro, quando 70% viam essa possibilidade. No entanto, 66% avaliam que o presidente não é o favorito para vencer o pleito.