Relator da LDO diz que governo estuda “verba suplementar” após veto de R$ 5,6 bilhões

Deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), que foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, diz que uma reunião sobre o tema está prevista para o dia 8

Estadão Conteúdo

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, em entrevista coletiva concedida no Salão Verde da Câmara dos Deputados (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, em entrevista coletiva concedida no Salão Verde da Câmara dos Deputados (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), que foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, afirmou que o governo federal estuda fazer uma proposta de suplementação orçamentária após a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter cortado R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na sanção do Orçamento, em janeiro. De acordo com o parlamentar, o governo deve fazer uma nova reunião no dia 8 para tratar do tema.

“Já há uma ideia de suplementar a Lei Orçamentária Anual, a LOA, no que diz respeito àqueles R$ 5,6 bilhões que ficaram pendentes entre a proposta orçamentária aprovada no Congresso Nacional no final do ano passado e os vetos que foram feitos na LOA deste ano”, afirmou Forte, em conversa com jornalistas, nesta segunda-feira (1º).

A declaração foi dada após o parlamentar ter se reunido nesta segunda com o secretário especial de Assuntos Parlamentares, Valmir Prascidelli, no Palácio do Planalto. De acordo com Danilo, a suplementação deve ser feita via Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN).

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A ideia do governo surge após o Ministério do Planejamento ter divulgado, na semana passada, o detalhamento do bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento federal. O bloqueio foi necessário porque a projeção de despesas para o ano, após a primeira revisão bimestral, ficou acima do permitido pelo novo arcabouço fiscal.

“O governo está querendo fazer uma contrapartida suplementando, principalmente, aqueles ministérios que ficaram sem verba de investimento. Esse contingenciamento foi superado e o que houve foi um bloqueio de R$ 2,9 bilhões. É muito pouco diante do montante do Orçamento-Geral da União. Então, isso significa dizer que nós fizemos um Orçamento com responsabilidade, nós fizemos um orçamento dentro dos parâmetros do que estava previsto. Não houve essa necessidade de contingência”, disse o deputado.

Segundo Forte, a reunião desta segunda-feira também tratou sobre os vetos da LDO. De acordo com ele, o Congresso deve realizar, na próxima semana, provavelmente no dia 11, sessão conjunta para análise dos vetos. Segundo ele, a reunião do dia 8 também deve fechar posição em relação aos vetos.

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O deputado disse, ainda, que os vetos da LDO que desagradarem ao conjunto de parlamentares cairão. Sobre o cronograma de emendas, o deputado afirmou que o governo fez uma proposta que ainda está dentro do prazo de cumprimento.