Recuo de Macron na França é um importante alerta para Bolsonaro, diz Lohbauer

Presidente francês não deveria ter recuado na pauta de ajuste de combustíveis em meio aos protestos - e tal movimento deve ser observado de perto pelo futuro presidente brasileiro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nos últimos dias, o grande destaque da imprensa internacional ficou para as manifestações intensas contra o governo da França, Emmanuel Macron, em meio à proposta de aumento do imposto sobre combustíveis. 

Tais protestos fizeram Macron recuar da sua proposta – e esse foi o grande problema. É o que ressalta em vídeo o cientista político Christian Lohbauer, que foi candidato à vice-presidência na chapa de João Amoêdo pelo Partido Novo em 2018.

Conforme ressalta Lohbauer, a França sofre com um estado grande, inchado e incompetente, algo que, guardadas as devidas proporções, é similar ao que acontece no Brasil. 

Nesse cenário, Macron buscou fazer mudanças em estruturas tradicionais e, dada a revolta da população, recuou. Porém, na avaliação do cientista político, Macron fez errado e deveria sim ter enfrentado a opinião pública. Agora, ele estará sempre como refém das manifestações e não conseguirá fazer mais as modificações. 

Tal movimento, aponta Lohbauer, traz algumas lições para o Brasil, especialmente para o presidente eleito Jair Bolsonaro, que tem uma agenda de reformas pesada pela frente. “Por isso, o Bolsonaro tem que fazer tudo nos primeiros 100 dias”, afirma ele, apontando que, se isso não acontecer, as “forças do atraso” vão impedir que ele faça as mudanças. 

Veja o vídeo completo clicando aqui:

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.