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Alessandro Stefanutto, que presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até ser afastado em meio às investigações sobre descontos indevidos em benefícios previdenciários, foi preso nesta quinta-feira (13) na nova fase da Operação Sem Desconto. Ele é suspeito de ter permitido irregularidades durante sua gestão, alvo de mandados autorizados pelo ministro André Mendonça, do STF.
Segundo as investigações, entidades representativas de aposentados e pensionistas aplicavam mensalidades associativas indevidas, gerando descontos irregulares que totalizaram R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Servidor de carreira, Stefanutto estava no INSS há 25 anos. Ele havia sido nomeado presidente da autarquia em julho de 2023, após passagem como diretor de Orçamento, Finanças e Logística. A indicação foi feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que à época elogiou seu perfil técnico e sua conduta ética.
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Antes da presidência, Stefanutto foi Procurador-Geral do INSS entre 2011 e 2017, liderando a defesa judicial da Previdência Social. Também comandou, de 2006 a 2009, a Coordenação Geral de Administração das Procuradorias da instituição, além de ter atuado no Tribunal de Justiça de São Paulo, na Receita Federal e na Consultoria Jurídica do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Natural de São Paulo, Stefanutto é formado em Direito pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em Gestão de Projetos e especializações em Mediação e Arbitragem pela FGV. Possui dois mestrados: um em Gestão e Sistemas de Seguridade Social pela Universidade de Alcalá, na Espanha (2013), e outro em Direito Internacional pela Universidade de Lisboa, concluído em 2024.
Autor de um livro sobre direitos humanos das mulheres, Stefanutto também tem histórico na área acadêmica e já atuou como autor e coordenador de publicações jurídicas.