Quais são os maiores riscos para o mercado brasileiro? Veja respostas de 44 gestoras

Levantamento feito pelo InfoMoney mostra que agenda fiscal doméstica é a maior preocupação das casas; inflação e política monetária também se destacam

Marcos Mortari Bruna Furlani

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Gestores de algumas das casas mais renomadas do mercado financeiro consideram a agenda fiscal doméstica como o maior risco de curto prazo para o mercado brasileiro. É o que mostra o Barômetro do Mercado, pesquisa especial feita pelo InfoMoney, divulgada durante a Expert XP 2024.

Segundo o levantamento, que ouviu 44 casas famosas do mercado, dentre elas Kinea, SPX, WHG, Western, Jive, Schroders e XP Asset, a pauta do equilíbrio das contas públicas é uma preocupação para 84% dos participantes.

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O tema supera com folga o segundo e o terceiro itens da lista: inflação (36%) e política monetária (34%) − ambas em nível nacional. Cada casa poderia indicar 3 de 11 itens apresentados, por isso a soma das respostas supera 100%.

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Na sequência, aparecem tópicos da pauta internacional: 1) política monetária americana (30%), em meio às expectativas por cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) na “super quarta” de 18 de setembro; 2) riscos geopolíticos (23%); e 3) atividade das grandes economias (18%).

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Completam a lista outros 4 itens apontados: risco político (16%); desempenho das commodities (14%); atividade econômica brasileira (5%) e agenda fiscal internacional (2%). A única opção que não recebeu nenhuma indicação estava relacionada à política monetária na Europa.

Apesar dos riscos apontados, a pesquisa mostrou um leve otimismo das gestoras com o atual momento do mercado brasileiro. Para 30% dos respondentes, ele é positivo, ao passo que 14% veem como negativo. Outros 57% consideram regular.

Considerando uma escala de 1 (muito ruim) a 5 (muito bom), a média das respostas dos entrevistados ficou em 3,16, e a mediana, em 3,00.

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Como foi feita a pesquisa?

Esta edição do Barômetro do Mercado foi realizada entre os dias 26 a 28 de agosto, e contou com a participação de 44 gestoras do mercado financeiro. Dentre elas, 24 autorizaram ser mencionadas na amostra.

São elas: AMW, Bahia Asset, BOCOM BBM Asset, Compass, Daycoval Asset, Gauss Capital, Hashdex, Hedge Investments, JiveMauá, Joule Asset Management, Kinea Investimentos, MOS Capital, Novus Capital, Oby Capital, Quantitas Asset Management, Schroder Investment Management Brasil, SPX Capital, SVN Gestão, Tivio Capital, Truxt Investimentos, Western Asset, WHG, XP Asset Management e Zion Invest.

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Mais da metade das gestoras participantes (57%) administram um patrimônio de R$ 1 bilhão a R$ 10 bilhões. Na sequência, vêm as casas com algo entre R$ 10 bilhões e R$ 50 bilhões (23% da amostra). Duas gestoras (5%) ocupam a faixa mais elevada, com R$ 50 bilhões de patrimônio.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.