Quaest: Após cadeirada, Marçal oscila para 20%; Nunes tem 24% e Boulos, 23%

Levantamento é o primeiro realizado após cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB)

Marcos Mortari

Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)
Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)

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Três dias após sofrer uma cadeirada do apresentador José Luiz Datena (PSDB) em debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo (SP), o influenciador Pablo Marçal (PRTB) viu suas intenções de voto oscilarem negativamente em pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (18).

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 15 e 17 de setembro, Marçal foi de 23% na semana passada para 20%, e ficou mais distante de seus dois adversários na dianteira da disputa — o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que manteve 24% das intenções de voto, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que oscilou de 21% para 23% da última pesquisa realizada pelo instituto para cá.

Apesar dos movimentos, o quadro segue indicando empate técnico entre os três candidatos, já que a margem de erro máxima da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, Marçal pode ter entre 17% e 23% das intenções de voto, enquanto Nunes, algo entre 21% e 27%, e Boulos, de 20% a 26%.

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Sendo assim, se a disputa fosse hoje, considerando os dados da pesquisa Quaest, não seria possível apontar com segurança quais candidatos iriam para o segundo turno da disputa, marcado para 27 de outubro.

Mesmo assim, a pesquisa indica reversão (ou ao menos estancamento) na tendência de crescimento nas intenções de voto de Pablo Marçal, que vem rivalizando com Ricardo Nunes votos entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No final de junho, o influenciador tinha 11% das intenções de voto, e chegou a 24% na semana passada.

A Quaest também mostrou que, no segundo pelotão, José Luiz Datena (PSDB) oscilou positivamente 2 pontos percentuais após o apresentador agredir Marçal com uma cadeira em debate promovido pela TV Cultura, e agora aparece com 10% das intenções de voto — voltando a ficar numericamente à frente da deputada federal Tabata Amaral (PSB), que oscilou de 8% para 7% no período. Os dois seguem tecnicamente empatados.

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O movimento de Datena, dentro da margem de erro, pode ser explicado pelo aumento expressivo de sua exposição (ainda que negativa) nos meios de comunicação. As imagens da cadeirada correram o país e partes do mundo, lançando holofotes sobre o apresentador. Segundo dados do Google Trends, o número de buscas pelo nome “Datena” no buscador cresceu mais de 1.000% no dia seguinte ao episódio e chegou a figurar como expressão mais buscada no país — de longe, a maior exposição do candidato nas eleições municipais desde que se iniciou o período de campanha.

Veja os números da pesquisa:

Segundo turno

A pesquisa Quaest também fez três simulações de segundo turno. Segundo o levantamento, o prefeito Ricardo Nunes venceria tanto o deputado federal Guilherme Boulos (46% x 35%), quanto o influenciador Pablo Marçal (47% x 27%).

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Já numa eventual disputa entre Boulos e Marçal, o quadro é de empate técnico, no limite da margem de erro, com o parlamentar numericamente à frente por 42% a 36%.

Como é feita a pesquisa?

A pesquisa Quaest ouviu 1.200 eleitores da cidade de São Paulo (SP) com 16 anos ou mais. Os dados foram coletados por meio da realização de entrevistas face a face por meio da aplicação de questionários estruturados.

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O nível de confiança do levantamento é de 95% − o que significa que, se ele tivesse sido feito mais de uma vez e sob as mesmas condições e prazos, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro da margem máxima de erro, de 3 pontos percentuais.

A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral e protocolada sob o protocolo SP-00281/2024.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.